O Reino Unido e os Estados Unidos decidiram financiar uma unidade antiterrorista no Iêmen, país considerado base de radicais islamitas e com o qual teve contato o nigeriano que tentou explodir um avião com destino a Detroit no dia de Natal, informa hoje (3) um comunicado do Governo britânico.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, e o presidente americano, Barack Obama, decidiram impulsionar conjuntamente esta medida, como resposta à tentativa de atentado de Umar Farouk Abdulmutallab.
Segundo o Governo britânico, o nigeriano de 23 anos, que estudou no Reino Unido até 2008, entrou em contato com a Al Qaeda posteriormente no Iêmen.
Cúpula global
Além de impulsionar a unidade antiterrorista no Iêmen, também haverá o apoio ao serviço de Guarda Costeira do país e se pedirá ao Conselho de Segurança da ONU para que aumente suas forças de paz na Somália.
Brown convocou também, com o apoio de Washington e da União Europeia (UE), uma cúpula global para discutir a radicalização no Iêmen, que será realizada em 28 de janeiro, em Londres, em paralelo à que acontecerá no mesmo dia sobre o conflito no Afeganistão.
O primeiro-ministro do Reino Unido afirmou em seu site que, entre outros países-chave, quer atrair para a reunião a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos.
“A comunidade internacional não pode negar ao Iêmen o apoio que necessita para combater o extremismo”, declarou Brown ao anunciar a conferência.
Embaixadas fechadas
Além disso, os governos dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha anunciaram hoje o fechamento temporário de suas embaixadas em Sanaa, capital do Iêmen, alegando ter recebido ameaças de ataque do grupo Al-Qaeda.
A Embaixada dos EUA pediu a seus funcionários, através de uma mensagem de texto enviado ao celular, que permaneçam em casa, disse à Agência Efe um deles.
Poucas horas depois, o ministério das Relações Exteriores da Grã-Bretanha anunciou que sua representação na capital iemenita foi fechada devido à “motivos de segurança”.
Ambas as embaixadas não disseram quando reabrirão suas portas. Uma porta-voz da embaixada britânica disse que a reabertura será discutida no final do dia.
Os anúncios foram feitos um dia depois de o chefe do Comando Central dos Estados Unidos, general David Petraeus, ter chegado ao Iêmen para se reunir com as autoridades do país.
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