O governo dos Estados Unidos pediu nesta terça-feira (25/12) ao presidente egípcio, Mohammed Mursi, que busque consenso e amplie o apoio ao processo político em seu país após a aprovação da nova Constituição.
Mursi tem a “responsabilidade” de reconhecer “a urgente necessidade de superar divisões, construir confiança e ampliar o apoio ao processo político” no Egito, expressou em comunicado Patrick Ventrell, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA.
Ventrell lembrou que muitos egípcios manifestaram preocupação pelo conteúdo da nova Carta Magna e o desenvolvimento do processo que desembocou em sua aprovação. “O futuro da democracia no Egito depende de forjar um consenso mais amplo por trás de suas novas regras e instituições democráticas”, ressaltou o porta-voz.
Ele acrescentou que uma democracia “significativa e duradoura” requer a proteção dos direitos humanos e a construção de instituições.
Os egípcios aprovaram sua nova Constituição com 63,8% dos votos após um referendo marcado pela pouca participação e envolto em polêmica e denúncias de fraude, segundo anunciou nesta terça-feira (25/12) a Comissão Eleitoral do país.
Tanto a redação da Constituição como o referendo estiveram marcados pela polêmica, já que a oposição laica denunciou várias irregularidades na votação e rejeitou o texto por considerar que sua elaboração esteve dominada pela Irmandade Muçulmana.
A aprovação do texto representa uma importante vitória para os islamitas, mas a profunda divisão gerada na sociedade egípcia complica a estabilidade e o consenso no país em curto prazo.
Ventrell pediu aos egípcios “decepcionados” que aceitem o resultado do referendo “de boa fé” e ressaltou que os EUA seguem dispostos a ajudar “uma transição democrática bem-sucedida”.
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