O impasse envolvendo o programa nuclear do Irã e parte da comunidade internacional deve ocupar algumas mesas de discussão do G20 (o grupo das maiores economias do mundo), no Canadá. Sob sanções do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), dos Estados Unidos e da União Europeia (UE), o presidente norte-americano, Barack Obama, e os líderes europeus e canadenses querem aumentar ainda mais a pressão sobre os iranianos.
A ideia é reiterar o discurso sobre o suposto risco contido no programa nuclear iraniano para a comunidade internacional. Para norte-americanos, canadenses e europeus, entre outros, o governo do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, esconde a produção de armas atômicas.
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O temor ganhou um reforço extra nos últimos dias com o veto de Ahmadinejad à entrada dos dois inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) em Teerã. Segundo ele, os especialistas teriam elaborado um relatório com informações falsas sobre o programa nuclear do Irã.
Na semana passada, os governos dos Estados Unidos e da União Europeia aprovaram a imposição de uma série de sanções ao Irã. Nesta semana, foi a vez de o Canadá anunciar um pacote de restrições aos iranianos. Em geral, as medidas atingem as operações bancárias e as áreas de transportes, seguro, gás e petróleo.
Pelo pacote aprovado nos Estados Unidos, ficam proibidas ainda a circulação de navios de bandeira iraniana e as negociações com empresas nos setores de petróleo, gás e energia. Também será ampliada a fiscalização das atividades da Guarda Revolucionária Iraniana. O governo norte-americano divulgou ainda nomes de empresas que atuariam como colaboradoras do regime de Ahmadinejad.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é contrário à imposição de sanções ao Irã. Para o governo brasileiro, as medidas só agravam o conflito existente, dificultando a busca por um acordo negociado.
O Brasil e a Turquia foram os dois países que votaram contra as sanções ao Irã, no Conselho de Segurança das Nações Unidas, no último dia 9. Os Estados Unidos e mais 11 países foram favoráveis às medidas restritivas, enquanto o Líbano se absteve da votação. As sanções do órgão afetam diretamente as áreas comercial e militar do Irã.
No começo desta semana, o chanceler brasileiro, Celso Amorim, colocou-se à disposição para buscar um acordo que ponha fim ao impasse. Ele conversou com representantes do Irã e da Turquia para negociar reuniões sobre o assunto.
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