Após os fortes confrontos registrados nesta semana em Misrata, no leste da capital Líbia, a União Europeia se ofereceu nesta sexta-feira (08/04) para ajudar a ONU (Organização das Nações Unidas) em sua operação no país. Em carta ao secretário-geral da organização, Ban Ki-moon, a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, mostrou disposição para atuar o mais rápido possível, segundo a agência de notícias Efe.
Segundo a carta, a intervenção europeia teria a função de tirar pessoas das cidade, transportar água e alimentos garantir proteção às organizações humanitárias para que possam ter acesso à população.
Entretanto, a União Europeia poderia utilizar “todos os meios necessários” – inclusive o militar – para coordenar as operações neste sentido.
Os constantes conflitos em Misrata nos últimos dias fizeram a Turquia iniciar sua própria ação humanitária, chegando a retirar cerca de 270 pessoas da cidade. A União Europeia, porém, acredita que o ideal seria coordenar todo este tipo de esforço internacional em um só, sob o comando das Nações Unidas.
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Na carta de enviada a Ban, Ashton reitera a posição e diz que os europeus estão dispostos a trabalhar com outros parceiros internacionais, caso da União Africana e da Liga Árabe, para conseguir uma solução diplomática ao conflito líbio.
Nesta sexta-feira, pelo menos quatro pessoas morreram e dez ficaram feridas depois de ataques de morteiros disparados pelas forças leais ao líder líbio, Muamar Kadafi sobre casas em Misrata. Entre os mortos estão duas crianças.
Detenções
Nesta tarde, o governo líbio confirmou a prisão de quatro jornalistas internacionais e prometeu libertá-los em breve, segundo a agência de notícias GlobalPost, empregadora de um dos profissionais.
Segundo o porta-voz oficial do governo, os quatro jornalistas estão sendo detidos pelas forças armadas líbias, mas, “em breve”, serão levados para Trípoli e libertados. Os dois jornalistas dos Estados Unidos, um da Espanha e um quarto da África do Sul desapareceram no dia quatro de abril.
Petróleo
A intensificação dos confrontos na Líbia, refletiu nos preços do petróleo, que fecharam a semana em alta nesta sexta-feira. Em Nova York, o contrato futuro do commodity ultrapassou 112 dólares, nível que não era registrado desde setembro de 2008.
A alta significa um aumento de 5% no preço. Desde o começo dos protestos contra Kadafi, o preço de petróleo nos EUA subiram 34%. Antes do conflito ocorrer, a Líbia produzia 1,6 milhão de barris diários, dos quais destinava 1,3 milhão à exportação.
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