Policiais e soldados
egípcios fizeram um cerco e ordenaram nesta segunda-feira (14/02)
que os manifestantes que ainda estão na Praça Tahrir deixassem o
local. Do contrário, eles poderiam ser presos.
“Temos meia
hora para partir. Fomos isolados pela polícia militar. Não sabemos
o que fazer, Estamos discutindo agora o que fazer”, contou Yahya
Saqr em entrevista à agência Reuters, acrescentando que um oficial
militar lhes disse que eles “têm uma hora para esvaziar a
praça, ou então serão presos”.
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Desde o dia 25 de
janeiro, quando começaram os protestos contra o governo no Egito, a
Praça Tahrir se tornou o principal centro das manifestações no
país, onde milhares de pessoas acamparam. Com a renúncia de Hosni
Mubarak na sexta-feira, a maioria foi embora.
No entanto, alguns
deles – cerca de 40 – permanecem concentrados ali. Eles exigem
que as Forças Armadas anunciem um prazo concreto para cumprir as
exigências populares, sendo a primeira delas a anulação da Lei de
Emergência, vigente desde 1981. De acordo com ativistas, dois civis
que se recusaram a sair da praça foram presos hoje.
A maior
parte das faixas de protesto contra o ditador Hosni Mubarak já foi
removida da praça, mas ainda há fotos de jovens egípcios mortos
durante os protestos penduradas nos postos de iluminação pública.
No domingo, o Conselho
Supremo Militar do Egito dissolveu o Parlamento, suspendeu a
Constituição e afirmou que pretende governar por seis meses ou até
que as eleições presidenciais e parlamentares aconteçam. O órgão
prometeu também fazer um referendo sobre emendas constitucionais.
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Os militares
declararam feriado bancário nesta segunda-feira em uma tentativa de
organizar o retorno à normalidade depois de quase três semanas de
protestos e paralisações. Segundo a agência de notícias Reuters,
o comando militar deve proibir reuniões de sindicatos e organizações
profissionais, proibindo na prática as greves, para forçar os
egípcios a voltarem ao trabalho.
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