O comissário do governo da Colômbia para a paz, Frank Pearl, disse hoje (5) acreditar que as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) libertarão o cabo Pablo Emilio Moncayo e o soldado Josué Daniel Calvo após as eleições legislativas, marcadas para o próximo dia 14.
“Essa libertação não pode ser feita no mesmo dia das eleições, principalmente porque não temos tempo, falta informação e medidas logísticas. Não há possibilidade de que ocorra no domingo. O que calculamos é que poderá ocorrer na semana seguinte às eleições”, explicou.
De acordo com o comissário, antes desta data é pouco provável que seja realizada uma operação de resgate, já que as autoridades militares se dedicarão às atividades de segurança para a realização do pleito.
“A prioridade do governo nacional é garantir a segurança para que os colombianos possam votar tranquilamente e livremente”, destacou o funcionário.
Sem dar detalhes, Pearl informou que “falta chegar uma informação” para que as libertações ocorram e que “na semana que vem será dado um passo importante”.
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“O processo [para os resgates] continua, apesar do processo das eleições”, comentou o comissário, dizendo que as libertações “não vão regredir”.
Apoio brasileiro
Em um gesto unilateral, em abril do ano passado, a guerrilha colombiana prometeu entregar Moncayo e Calvo, além dos restos do capitão Julián Guevara, morto em cativeiro.
Em troca, o grupo pediu o corpo de Raúl Reyes, um dos altos comandantes da guerrilha, morto pelo Exército colombiano em 1º de março de 2008 em um ataque contra um acampamento das Farc em território equatoriano, e de Ivan Ríos, assassinado uma semana depois.
A nova operação, que deverá ser coordenada pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), poderá ainda contar com a participação do Brasil, que forneceria “o apoio logístico” aos colombianos.
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