As forças do presidente eleito da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, iniciaram nesta quarta-feira (06/04) a invasão da residência presidencial do país, onde se encontraria o líder “de facto”, Laurent Gbagbo, que se recusa a deixar o poder após perder as eleições de novembro passado. As informações são do porta-voz do grupo de Ouattara, Affoussy Bamba, ao canal de televisão France 24.
As tropas republicanas “estão no interior da residência presidencial para capturar Laurent Gbagbo”, afirmou Bamba. Ele indicou que Gbagbo ainda não foi encontrado, mas que suas tropas “não vão demorar” a fazê-lo.
Na cidade de Abidjan, moradores do bairro Cocody, onde se encontra o palácio, confirmaram à Agência Efe terem ouvidos disparos de artilharia pesada.
Os disparos, que começaram por volta das 3h (horário de Brasília), foram ouvidos na área contígua à residência de Gbagbo, segundo as fontes, que não puderam identificar os autores.
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Bamba disse que a invasão foi decidida depois que se constatou que as negociações com o presidente “de facto” para conseguir sua rendição não estavam dando resultados.
“Quando teve um pouco de oxigênio, (Gbagbo) voltou a agir de forma habitual, tentando ganhar tempo”, criticou o porta-voz. “Todas as discussões possíveis foram feitas. Ontem ele falava de cessar-fogo; tentamos negociar, mas não houve resultados. Não temos escolha, ele nos obriga a tentar capturá-lo”, acrescentou.
O porta-voz destacou que os soldados de Ouattara encontraram na residência presidencial diversos armamentos pesados, que devem ser destruídos, de acordo com a resolução 1.975 da ONU.
Segundo ele, Gbagbo será levado a julgamento para responder por diversos crimes. “Não é o presidente da Costa do Marfim, não tinha de se manter no poder como fez. Pode ser acusado de golpe de Estado”, advertiu.
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