A ONU (Organização das Nações Unidas) anunciou formalmente nesta terça-feira (19/01) que um governo de união nacional foi formado na Líbia e será integrado por 32 ministros.
EFE/Arquivo
Com representantes dos dois governos do país, acordo foi assinado no fim de dezembro no Marrocos e implementado hoje
Segundo a Al Jazeera, o anúncio foi feito durante um encontro de alto escalão entre delegações na capital da Tunísia, Túnis. Nas próximas 48 horas, espera-se que sejam definidos os nomes que vão compor o novo gabinete.
Desde a queda do ditador líbio, Muammar Kadafi, em 2011, o país norte-africano possui dois parlamentos rivais. Embora seus líderes tenham assinado um acordo para a formação de governo em 18 de dezembro, nenhum deles havia ratificado este pacto.
Essa formação de governo ocorre após mais de um ano de negociações e implica um gabinete formado por um presidente, dois vice-presidentes e outros seis membros centrais na comissão governadora.
No último mês, líderes rivais líbios participaram de uma série de encontros em Rabat, capital do Marrocos. Os apoiadores do pacto afirmam que ele deverá colocar fim à guerra civil que assola a Líbia há mais de um ano e meio. Desde a queda de Kadaf, a Líbia vive conflitos violentos pelo controle político do país e de territórios.
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Atualmente, existem dois governos nacionais paralelos: o Congresso Nacional Geral, em Trípoli, a capital, e a Casa dos Representantes, na cidade de Tobruk, esta reconhecida por potências ocidentais como o governo legítimo.
Neste processo, estiveram presentes membros destes dois parlamentos, além dos chanceleres de Espanha, Itália, Turquia, Qatar, Tunísia e Marrocos.
Alguns setores políticos da Líbia, que não estiveram presentes na cerimônia, se negaram a participar do acordo, classificado por eles como uma medida de potências estrangeiras sobre o país do norte da África.