Uma greve por aumento salarial promovida por trabalhadores do Registro Automotor da Argentina bloqueou a entrada no país de cerca de 35 mil veículos, segundo informou nesta segunda-feira (23/05) o jornal El Cronista Comercial.
A greve acontece três dias depois da resolução de um impasse comercial entre o Brasil e a Argentina, que ocorreu com a suspensão da concessão de licenças não automáticas para a venda de automóveis e autopeças. Na ocasião, milhares de carros produzidos na Argentina ficaram parados na fronteira entre os dois países na espera de uma definição.
Nesta tarde, os secretários da Indústria e Comércio Exterior da Argentina, Eduardo Bianchi, e do Brasil, Alessandro Teixeira, reuniram-se para discutir o assunto. A reunião, porém, deve ser concluída apenas na terça-feira (24/05).
Já o impasse entre os trabalhadores e a fábrica acontecem há mais de 15 dias, quando os funcionários iniciaram as interrupções das atividades.
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Agora, cerca de 35 mil automóveis procedentes do exterior, grande parte deles fabricados no Brasil, permanecem retidos no porto de Zárate-Campana, a 70 quilômetros de Buenos Aires. Os veículos estão à espera das permissões correspondentes emitidas pelo Registro Automotor, que faz greve nas terças, quartas e quintas-feiras há aproximadamente um mês.
Além disso, pelo menos 30 mil veículos esperam para ser exportados pelas multinacionais que operam na Argentina que, no ano passado, exportaram 447.953 automóveis e importaram 435.767 unidades.
Para tentar controlar a situação, o ministro de Justiça argentino, Julio Alak, entrou em contato com dirigentes sindicais. Entretanto, de acordo com a responsável da Associação de Trabalhadores do Estado, Isabel Vieyra de Abreu, a medida será mantida até que seja apresentada “uma proposta concreta” de aumento salarial.
“Há mais de um ano e meio que pedimos uma mesa de negociação e não há resposta. Pedimos (um adicional) de 1,5 mil pesos (365,8 dólares) de emergência e um aumento salarial de 40%”, disse Isabel.
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