A tempestade tropical “Isaac” deve atingir a Costa do Golfo dos Estados Unidos na próxima quarta-feira (29/08), exatos sete anos depois da chegada do furacão Katrina na região, responsável pela morte de mais de 1,8 mil pessoas e pelo prejuízo de 81 bilhões de dólares.
O Katrina, que causou devastações principalmente no estado de Lousiana e na cidade de Nova Orleans, foi um dos cinco furacões mais graves da história dos Estados Unidos e o pior desastre natural do país em termos econômicos.
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Segundo a previsão de especialistas, o Isaac se fortalecerá nas próximas horas e pode se converter em um furacão durante esta noite enquanto se aproxima do território norte-americano. Jornais já relatam a ocorrência de chuvas e ventos fortes no estado da Florida em decorrência da tempestade tropical.
Por conta do “Isaac”, o primeiro dia da Convenção do Partido Republicano teve de ser adiado para a terça-feira (26/08). O encontro, onde a candidatura à presidência de Mitt Romney será oficializada, será na cidade de Tampa, na Florida.
A tempestade tropical atingiu os países da América Central neste final de semana, provocando mortes e destruições. De acordo com informações provisórias da agência Efe, duas pessoas morreram afogadas e 12,9 mil estão desalojadas por conta das chuvas na República Dominicana.
No Haiti, os principais afetados pela tempestade foram as 400 mil pessoas que ainda vivem em campos de alojamento por conta dos terremotos de 2010. Esses haitianos, que perderam suas casas há dois anos, tiveram suas precárias tendas destruídas pelo “Isaac”.
De acordo com reportagem do The Guardian em um dos campos devastados, nenhuma autoridade ou organização chegou ao campo para prestar auxílio aos moradores. Alguns residentes disseram que não sabem para onde ir nem o que devem fazer agora. “Ninguém veio aqui para nos ajudar”, disse com indignação um dos desabrigados. “Nós ainda estávamos aqui quando a tempestade destruiu as tendas. Não tem nenhum lugar para ficarmos”.
As organizações de ajuda humanitária também temem que a tempestade reinicie a epidemia de cólera no Haiti, que já matou mais de 7,5 mil pessoas desde outubro de 2010.