Forças de ocupação israelense intensificaram na noite desta segunda (10/05) e madrugada desta terça (11/05) os ataques contra a Faixa de Gaza, escalando a tensão na região. Segundo o Ministério da Saúde palestino, um dos foguetes de Israel atingiu um edifício residencial no campo de refugiados de al-Shanti, resultando na morte de uma mulher e diversos feridos.
As Brigadas al-Quds, braço armado do movimento de Jihad Islâmica, anunciaram a morte de dois de seus líderes e um terceiro ferido, após a Força Aérea de Israel bombardear um edifício residencial na região oeste da Cidade de Gaza.
Já as Brigadas al-Qassam, braço militar do Hamas, reportaram também diversos mortos entre seus membros, além da perda de contato com outros, após um ataque aéreo israelense contra um grupo filiado, estacionado em uma base de equipamentos de combate, na ocasião.
As Brigadas de Resistência Palestina responderam disparando foguetes em direção aos assentamentos remanescentes nos arredores de Gaza, sobretudo a cidade de Ashkelon. “Caso o ataque contra civis em Gaza continue, tornaremos Ashkelon um inferno”, disse o grupo, em nota.
Apenas nesta segunda-feira, 27 pessoas foram mortas pelos ataques israelenses, incluindo nove crianças, além de ao menos cem feridos.
Ataques israelenses
Um porta-voz das Forças Armadas israelenses disse que ao menos 250 foguetes teriam sido lançados da Faixa de Gaza contra o país.
Mohammed Asad/Monitor do Oriente Médio
Aviões israelenses atacaram Ministério do Interior de Gaza
Já na manhã desta terça, o representante da Aviação de Israel, Itay Silberman, afirmou que foram mortos 15 membros do grupo Hamas e que mais 10 objetivos militares foram atingidos. “Manteremos o pé no acelerador. A operação durará ainda alguns dias”, acrescentou Silberman.
A meta de manter o conflito ativo foi confirmada pelo governo, com o ministro da Defesa, Benny Gantz, liberando a convocação de ao menos cinco mil reservistas do Exército para atuar na região sul do território. Além disso, oito agrupamentos de reservistas da Guarda de Fronteira também foram convocados.
Israel reprime palestinos em Jerusalém Oriental
A região de Jerusalém Oriental vem sendo palco de uma repressão de forças israelenses contra palestinos durante toda semana, que se intensificou nos últimos dois dias, depois que a polícia lançar balas de borracha e granadas de choque contra a mesquita de Al-Aqsa. Os atos de repressão já deixaram mais de 300 palestinos feridos e alguns foram presos.
Um dos pontos centrais da escalada de tensão foi a ordem de um tribunal israelense de despejar 28 famílias palestinas do bairro Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental, para dar lugar a colonos israelenses. Revoltados, os palestinos foram às ruas para protestar. Dias depois, atendendo a um pedido dos Estados Unidos, a aplicação da decisão foi adiada.
Outro ponto que despertou descontentamento da comunidade palestina que vive na região foi uma marcha convocada por grupos nacionalistas de Israel para celebrar o “Dia de Jerusalém”, data que marca a ocupação de Jerusalém Oriental por forças israelenses.
(*) Com Monitor do Oriente Médio, Ansa e Sputnik