Israel jamais vencerá na faixa de Gaza, disse nesta quinta-feira (15/11), no Sudão, Khaled Meshaal, o chefe exilado do Movimento de Resistência Islâmica Palestino (cujo acrônimo em árabe é o Hamas), no poder na Faixa de Gaza. Desde a quarta-feira (14/11) Israel empreende a operação “Pilar Defensivo” contra o território palestino, sob cerco desde 2006.
Efe (20/10/2011)
Imagem cedida por Khaled Meshaal mostra o chefe do Hamas com Ahmaed Jaabari, líder militar do grupo, morto por Israel
“Este inimigo é frágil e não pode vencer em Gaza”, declarou Meshal em uma conferência que reuniu em Cartum os islamitas sudaneses, enquanto Israel prosseguia com ataques aéreos. Meshaal anunciou que seu grupo continuará 'no caminho da 'jihad' (guerra santa) e da resistência', e elogiou o líder militar do Hamas na faixa, Ahmed Jaabari, assassinado ontem na ofensiva israelense.
O líder palestino disse que Jaabari contribuiu com a criação das Brigadas de Ezedin al-Qassam, braço armado do Hamas, e que com ele morreu Mohammed al Hams, outro de seus membros. Segundo Meshaal, Israel pretende 'fortalecer sua defesa contra Gaza', mas não consegue porque Israel não é um país, mas um 'ente ilegítimo que ocupa a Palestina'.
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O dirigente do Hamas avaliou a união das forças palestinas diante do ataque israelense e pediu que lutem 'com inteligência' para vencer Israel. Além disso, agradeceu o apoio demonstrado pelo presidente egípcio, Mohamed Mursi, e solicitou aos países árabes que 'mudem as regras do jogo na região a partir de agora' e defendam a questão palestina no plano internacional.
Condenação
Por sua vez, o presidente sudanês, Omar Hassan Ahmad al-Bashir, condenou a ofensiva militar israelense em Gaza e afirmou que seu país sempre apoiará a causa dos palestinos. Bashir também participou da inauguração do congresso, em que durante três dias se reunirão cerca 120 representantes de movimentos islâmicos de 30 países árabes e muçulmanos.
Entre os presentes, destacam-se o guia espiritual da Irmandade Muçulmana no Egito, Mohammed Badia, e o dirigente do movimento tunisiano Al-Nahda Rachid al Ganuchi. Ao menos 13 pessoas morreram e cerca de 140 ficaram feridas na ofensiva iniciada ontem contra Gaza, denominada 'Pilar Defensivo' e voltada contra o que o Exército israelense classificou como 'infraestrutura terrorista' e armazéns de armas na faixa palestina, governada pelo Hamas.