A jovem marroquina Ruby R. afirmou nesta quarta-feira (19/01) que não manteve relações sexuais com o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, e que ele nunca encostou “nenhum dedo” nela. Além disso, negou que ele teria pedido cinco milhões de euros por seu silêncio, como revelam escutas telefônicas.
Ruby B., cujo nome é Karima el Mahroug, foi entrevistada nesta quarta-feira em um programa do “Canale 5”, propriedade de Berlusconi. Enquanto isso, os meios de comunicação não param de divulgar fotografias de jovens e vazamentos de escutas telefônicas a que a Promotoria de Milão teve acesso durante a investigação, entre elas uma em que Ruby R. confessa ter pedido cinco milhões de euros a Berlusconi.
Durante a entrevista à emissora, Ruby relatou sua infância difícil. Ela afirmou ter sido estuprada aos nove anos por dois de seus tios e que sua mãe a aconselhou a não contar para seu pai, pois ele poderia matá-la por não ser mais virgem. Logo depois, Ruby foi expulsa de casa e começou a roubar.
A marroquina ressaltou que não manteve relações com o primeiro-ministro, até porque nunca se prostituiu e acrescentou que ele jamais tocou nela. Ruby revelou que admira Berlusconi porque nunca encontrou uma pessoa “como ele” e declarou que a primeira vez em que foi à sua residência em Arcore, em 14 de fevereiro de 2010, ele a ouviu “melhor” que qualquer psicólogo do mundo e depois deu a ela um envelope com sete mil euros.
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Segundo a jovem, ao entregar o dinheiro, Berlusconi disse que ela “era inteligente e que devia estudar”. Em outra ocasião, o primeiro-ministro deu um colar à jovem.
A entrevista de Ruby ao “Canale 5” contradiz em alguns pontos com parte das interceptações da Promotoria. “Ele me disse ontem: 'Ruby te dou todo o dinheiro que quiser, te pago, te cubro de ouro, mas não diga nada a ninguém'”, teria dito a jovem a uma amiga em uma dessa conversas por telefone.
As evidências reunidas contra Berlusconi pela Promotoria indicam que as festas na residência de Arcore eram verdadeiras “orgias”.
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