A Justiça venezuelana emitiu uma nova ordem de prisão contra o presidente da emissora venezuelana Globovisión, Guillermo Zuloaga, e seu filho, informou neste sábado (12/6) a advogada do dirigente, Perla Jaimes.
“É uma ordem de prisão. Embora (os agentes policiais) não tenham competência para entrar na casa, não temos problema de que entrem”, disse a advogada dos Zuloaga. Segundo ela, os acusados não estavam em casa.
Em declaração à Globovisíon, principal emissora de oposição ao governo do presidente Hugo Chávez, Jaimes afirmou que a ordem judicial não apresenta os motivos que levariam à prisão Zuloaga e seu filho.
Em 25 de março deste ano, o presidente da emissora já havia sido detido no aeroporto venezuelano Falcón ao tentar sair do país e embarcar para a Bonaire, ilha das Antilhas Holandesas.
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Na ocasião a ordem de prisão foi emitida para impedir uma possível fuga do empresário, que é investigado pelo Ministério Público.
A investigação contra Zuloaga começou a pedido de membros do Congresso venezuelano após uma série de críticas contra o presidente feita pelo dirigente da emissora durante uma assembleia da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, na sigla em espanhol).
Durante o evento, que aconteceu em Aruba, Zuloaga acusou Chávez de matar as 19 vítimas do golpe de Estado que o derrubou durante dois dias em abril de 2002.
Segundo a procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega Díaz, a denúncia foi feita em razão de “vários delitos por ofensa” e por “divulgação de informação falsa”. Após a intervenção policial, Zuloaga compareceu a uma audiência em Caracas, na qual recebeu uma medida cautelar que lhe impede de sair do país durante o processo.
O empresário negou a tentativa de fuga e alegou não havia recebido nenhuma notificação judicial, portanto, estava indo a Bonaire por lazer com a família, durante a Semana Santa.
*Com agências
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