Pelo menos 62 pessoas morreram e quase 800 ficaram feridas nos confrontos ocorridos entre quirguizes e uzbeques nos últimos dois dias em Osh, cidade no sul do Quirguistão, informaram neste sábado (12/6) as autoridades locais.
Os novos números foram divulgados pelo Ministério da Saúde quirguiz, informou de Bishkek, a capital do país, a agência de notícias russa Interfax.
De acordo com os últimos dados oficiais, desde o começo dos choques em Osh e seus arredores, 790 pessoas solicitaram atendimento médico, das quais 403 tiveram que ser hospitalizadas.
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Segundo representantes da minoria uzbeque residente no Quirguistão citados pela agência digital quirguiz 24.kg, a maioria arrasadora das vítimas fatais pertence a essa comunidade.
A presidente interina do Quirguistão, Rosa Otunbayeva, anunciou que pediu neste sábado (12/6) à Rússia o envio de forças de paz para controlar a situação em Osh.
“Precisamos de forças militares de outros países. Solicitamos ajuda à Rússia. Já assinei uma carta nesse sentido dirigida ao presidente russo, Dmitri Medvedev”, disse Otunbayeva, citada pela agência de notícias oficial russa Itar-Tass.
A presidente interina quirguiz acrescentou que as autoridades locais estão imediatamente dispostas a iniciar conversas com a Rússia sobre sua missão de paz em Osh.
“Estamos esperando a resposta da Rússia”, disse Otunbayeva, demonstrando esperar que as autoridades russas aceitarão o pedido do Quirguistão.
A presidente interina ressaltou que o país precisa de outras forças militares para controlar a situação.
“Se anteontem precisávamos de meios especiais para conter as parte envolvidas nos confrontos, ontem, a situação fugiu do controle”, admitiu.
Otunbayeva anunciou a abertura unilateral de sua fronteira com o Uzbequistão para a passagem de idosos, mulheres e crianças ao país vizinho e acrescentou que esta medida foi recebida com compreensão pelas autoridades uzbeques.
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