As autoridades líbias prenderam ao menos 50 pessoas acusadas de envolvimento com a morte do embaixador dos Estados Unidos no país, J. Cristopher Stevens, e de outros três cidadãos norte-americanos. A informação foi confirmada neste domingo (16/09) pelo presidente do parlamento local, Mohammed al Megaryef.
Agência Efe
O presidente do parlamento líbio visitou neste sábado os feridos do ataque à embaixada dos Estados Unidos no país
“São em torno de 50 dos detidos”, disse o presidente do Congresso nacional líbio em uma entrevista à rede de TV americana CBS.
O embaixador e os três funcionários morreram em um ataque ao consulado norte-americano em Benghazi na última terça-feira (11/09), durante as violentas manifestações provocadas pelo filme anti-islâmico “A Inocência dos Muçulmanos”.
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Embora inicialmente esse ataque tenha sido atribuído a manifestantes furiosos, as autoridades já consideram mais provável a hipótese de um ataque coordenado ao posto diplomático. Neste sábado, a Al Qaeda afirmou que as mortes foram uma “vingança” dos muçulmanos aos norte-americanos.
Neste sábado (15/09), o governo líbio já havia divulgado que estrangeiros também participaram da manifestação que deixou os quatro mortos.
Protestos
Os protestos decorrentes do filme religioso chegaram pela primeira à Europa neste sábado. Em Paris, 80 manifestantes foram detidos nas proximidades da embaixada norte-americana.
Agência Efe
O presidente norte-americano, Barack Obama, discursa logo após o país receber os restos dos quatro mortos na Líbia
A onda de violência obrigou o presidente dos EUA, Barack Obama, a ordenar o retorno de parte dos funcionários do país na Tunísia e no Sudão.
“Dada a situação de segurança em Túnis e Cartum, o Departamento de Estado ordenou a saída de todos os funcionários de não emergência, assim como de seus familiares, e emitiu advertências paralelas de viagem para os cidadãos americanos”, disse a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, em comunicado.
(*) com agências de notícias internacionais