Após meses de insinuações sobre o desejo de competir pela presidência argentina e a postergação da oficialização de sua candidatura, Mauricio Macri anunciou neste sábado (07/05) que tentará sua reeleição como prefeito de Buenos Aires.
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Em um evento realizado em um clube portenho, o ex-presidente do Clube Atlético Boca Juniors afirmou que, “após muito debate e reflexão pessoal”, sente que o melhor lugar de onde pode contribuir com a Argentina seria com a continuidade de sua gestão.
Crítico ferrenho do atual governo argentino, o atual prefeito portenho evitou atacar a gestão da presidente do país, Cristina Kirchner, mas enfatizou que a “Argentina precisa de diálogo” e que sem unidade “será difícil construir uma sociedade melhor”.
O prefeito anunciou ainda que em outubro, mês das eleições presidenciais, seu partido de direita, o PRO, apresentará uma proposta “a nível nacional”. Macri convocou os partidos opositores a “não pensarem em um projeto individual”, mas sim a trabalhar conjuntamente, e afirmou querer ser “um instrumento concreto a serviço da unidade nacional”.
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Aos seus militantes, Macri convocou que “percorram a cidade como sempre fizemos, tocando todas as campainhas, caminhando por todos os quarteirões e falando com cada um dos portenhos e portenhas”. Pediu ainda que “não tenham vergonha de reconhecer os erros” de sua gestão e “que estejam orgulhosos” das realizações da mesma.
Sobre a continuidade de seu mandato, afirmou que hoje seu partido está “melhor preparado” para resolver os problemas. “Depois de quatro anos sabemos muito mais do que sabíamos e estamos em melhores condições”, afirmou, otimista.
“Marketing”
Carlos Tomada, atual ministro de Trabalho da Argentina e pré-candidato à prefeitura de Buenos Aires, afirmou nesta tarde à agência oficial de notícias do país, Télam, que o “macrismo” se esgotou com o “experimento da gestão apoiada no management e nas decisões baseadas em marketing”.
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Segundo ele, uma das prioridades para a prefeitura da capital deve ser a moradia, um dos aspectos mais questionados durante a gestão de Macri, principalmente após uma massiva ocupação do segundo maior parque público da cidade por pessoas sem-teto, em dezembro do ano passado. Na ocasião, o juiz portenho, Roberto Gallardo, determinou a situação das famílias acampadas era responsabilidade da prefeitura.
Em resposta, o chefe de gabinete de Macri, Horacio Rodríguez Larreta, afirmou que a cidade de Buenos Aires não tinha “que resolver todos os problemas de moradia do Mercosul”. Paralelamente, Macri convocou o governo do país a “frear a imigração descontrolada” que, segundo ele, seria responsável pelo “avanço do narcotráfico e da delinquência”.
O pré-candidato pelo “kirchnerismo” ressaltou ainda que a “saúde e a educação pública requerem uma volta de 180 grados e os portenhos reclamam do abandono e do desdém em que se encontram”.
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