A obesidade nos Estados Unidos crescerá dramaticamente durante os próximos 18 anos, fazendo com que mais da metade da população adulta em 39 estados seja de obesos em 2030, segundo um estudo apresentado nesta quarta-feira (18/09).
De acordo com o relatório F as in Fat: How Obesity Threatens America's Future, elaborado pela TFAH (Confiança para a Saúde da América na sigla em inglês) e a RWJF (Fundação Robert Wood Johnson), o índice de obesidade em adultos ultrapassará 60% em 13 estados do país em 2030.
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“Em cada nível do governo devemos perseguir políticas que preservem a saúde, previnam as doenças e reduzam os custos dos serviços de saúde. Nada menos do que isso é aceitável”, afirmou a doutora Risa Lavizzo-Mourey, presidente e diretora-executiva da RWJF.
Segundo as projeções do estudo, baseadas nos dados dos CDC (Centros para Controle e Prevenção de Doenças), o estado mais afetado pela epidemia de obesidade será Mississipi, onde quase sete de cada 10 adultos (66,7%) serão obesos dentro de 18 anos.
Além dos dados dos CDC, os pesquisadores analisaram tendências recentes de índices de obesidade para concluir que todos os estados do país terão índices de obesidade de adultos acima de 44% em 2030.
“Este relatório destaca que as políticas de aumentar o tempo de atividade física nas escolas e tornar as frutas e vegetais mais baratos podem ajudar na adoção de decisões mais saudáveis”, assinalou Jeff Levi, diretor-executivo do TFAH.
O relatório afirmou ainda que a obesidade tem graves consequencias para a saúde e que os casos de doenças relacionadas ao excesso de peso, desde embolias até artrites, podem duplicar até 2030.
A Califórnia, por exemplo, quase terá duplicado sua proporção de pessoas adultas obesas neste ano se os hábitos de vida de seus moradores não mudarem. Se a Califórnia reduzir em 5% o índice de massa corporal de sua população terá economizado cerca de 81 bilhões de dólares em custos de saúde até 2030.
“Nos próximos 20 anos, nove estados podem ver seus custos de serviços de saúde relacionados com a obesidade aumentaram em mais de 20%”, assegurou o estudo.