Thomas Eric Duncan, 42, o liberiano infectado com ebola que levou a doença para os Estados Unidos, morreu nesta quarta-feira (08/10) em decorrência do vírus, anunciaram autoridades do hospital em que estava internado em Dallas, no Texas.
O paciente foi declarado morto nesta manhã, pouco mais de uma semana após ser diagnosticado com a doença. Sua condição de saúde se deteriorou muito nos últimos dias por conta dos sintomas da febre hemorrágica, que incluíam vômitos, sangramentos e diarreia. Ele chegou a ser tratado com remédios experimentais na luta contra o vírus, mas não resistiu.
Efe
Após 1º caso de ebola nos EUA ser descoberto, polícia monitora parentes que moravam junto com Duncan
“Gostaria de reforçar publicamente que este foi um incidente isolado do vírus ebola, contraído por um indivíduo que morava em outro país. É uma triste notícia para todos os envolvidos. Vamos continuar trabalhando em parceria com o condado de Dallas para fazer tudo possível para proteger nossa saúde pública”, declarou hoje o prefeito de Dallas, Mike Rawlings.
Duncan saiu da Libéria em direção aos EUA em 19 de setembro para visitar a família e ficou doente alguns dias depois que chegou. Ele foi internado apenas no dia 30 de setembro em uma unidade de isolamento no Hospital Presbiteriano do Texas após procurar atendimento médico. Edward Goodman, especialista em doenças infecciosas no Texas, argumentou a uma rádio local que os sintomas do paciente não eram claros no momento em que procurou atendimento.
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Na semana passada, o governo da Libéria anunciou que processaria Duncan quando ele voltasse para o país por supostamente ter mentido no questionário de triagem no aeroporto em que saía da África. No formulário obtido pela Associated Press e confirmado por um funcionário do governo, Duncan respondeu “não” à pergunta se ele tinha cuidado de alguém infectado pelo vírus ou se tinha tocado no corpo de alguém que tivesse morrido em alguma área afetada pelo surto.
Dias antes de deixar a Libéria, Duncan teria ajudado a levar uma mulher grávida a um taxi. Ela, segundo vizinhos, morreu de ebola logo depois. Na ocasião, acreditava-se que a doença dela poderia estar relacionada à gravidez.
Efe
Número de mortos por ebola ultrapassa 3.300, segundo Organização Mundial de Saúde
Trata-se do primeiro caso de ebola diagnosticado em território norte-americano. Em meados de agosto, profissionais de saúde norte-americanos foram repatriados após serem infectados nos países em que trabalhavam na África Ocidental.
O ebola matou mais de 3.000 pessoas no continente africano, segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde). Os números indicam que mais 6,5 mil pessoas podem estar infectadas nos três países mais afetados pela epidemia: Libéria, Guiné e Serra Leoa.