Já está tudo pronto para a realização das eleições regionais venezuelanas, que acontecem neste domingo (16/12). De acordo com o CNE (Conselho Nacional Eleitoral), 100% das urnas no país já foram instaladas. Os cerca de 17,42 milhões de eleitores aptos a votar elegerão 23 governadores, 229 deputados estaduais e oito representantes indígenas para o período 2013-2017.
Os 12.784 centros de votação serão abertos às 06h horário local (08h30 em Brasília) e fechados às 18h (20h30), porém, caso ainda haja eleitores nas filas, o horário será estendido. Mais de 140 mil membros das forças de segurança foram mobilizados para garantir o bom andamento do processo.
A presidente do CNE, Tibisay Lucena, alertou que essas eleições devem ser mais complicadas que a anterior, presidencial, devido à quantidade de candidatos. Ela pediu aos eleitores para que levem uma cola com suas opções de voto, para que não haja demora nos centros de votação. “O primeiro boletim será divulgado três horas após o fim da votação”, informou Lucena.
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Diferentemente das urnas eletrônicas brasileiras, onde se utilizam números para identificar os candidatos, na Venezuela cada partido tem um espaço com a foto dos políticos que apoia. Dessa vez, em cada Estado, as fotos com os nomes para o governo local trarão abaixo as opções de deputado regional e também para representantes indígenas, o que acontece somente nos Estados de Amazonas, Apure, Anzoátegui, Bolívar, Delta Amacuro, Monagas, Sucre e Zulia.
A urna venezuelana é composta por uma tela tátil, como se fosse um enorme aparelho celular touch screen, e uma pequena impressora. O voto é feito num sistema de organização que imita uma ferradura. A sala é organizada em cinco processos distintos e separados, o que permite que até quatro eleitores possam votar simultaneamente.
Primeiro, o eleitor apresentará a cédula de identidade e colocará seu polegar direito na máquina para a impressão digital. A urna então é habilitada quando os dados do eleitor aparecem na tela, conferidos com a identidade. Se os dados não aparecerem, o mesário utiliza outros dedos do eleitor. Se mesmo assim a máquina não reconhecer a impressão digital, é utilizada uma planilha de incidência para registrar o fato, verifica-se a documentação, toma-se as impressões digitais do eleitor, e é autorizada a votação.
Depois de terminada essa etapa, o eleitor escolhe na tela tátil seu partido de preferência. Aparecerá então em outra tela em frente ao eleitor a foto do candidato, o nome do partido e a opção “votar”. A máquina imprimirá um boleto com o voto para que o eleitor verifique-o e deposite-o em uma urna de papelão que estará ao lado.
O terceiro passo será assinar a ata de presença e colocar outra vez sua impressão digital no caderno. Por último, cada eleitor deverá pintar seu dedo mindinho com uma tinta indelével, também para evitar qualquer tipo de fraude. O eleitor tem seis minutos para votar. Depois desse tempo, a urna se bloqueia e abre-se para outro eleitor.
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