O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tenta nesta segunda-feira (17/06) obter um consenso entre os membros do G8 em relação à intervenção militar na Síria. Em reunião da cúpula em Belfast, na Irlanda do Norte, o presidente norte-americano se encontra com dirigentes mundiais a fim de garantir um acordo que viabilize o envio de armas e aparato militar aos opositores sírios.
Agência Efe
Acompanhado de sua mulher, Michelle Obama, presidente norte-americano está na Irlanda para reunião do G8
Na pauta oficial do encontro do G8 – que acontecen durante essa semana – já está prevista a discussão acerca do modelo de intervenção que será utilizado no país. “Temos uma situação muito incerta e o presidente (Obama) acredita que é necessário consultar os líderes do G8 que tipo de apoio será dado aos opositores”, afirma o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Ben Rhodes.
O governo dos EUA anunciou na semana passada que vai intervir no conflito da Síria após Washington divulgar que o governo Assad usa armas químicas. Obama deve fazer um discurso sobre os motivos da intervenção em Belfast, antes de um encontro com o presidente russo Vladimir Putin.
A Rússia têm papel fundamental nas negociações já que não considera convincente as acusações dos EUA sobre armas químicas na Síria e declara oficialmente apoio a Damasco. Além disso, no mês passado, Moscou confirmou que entregou mísseis de defesa ao governo sírio.
Segundo informações da imprensa europeia, Obama tentará persuadir Putin com o argumento que, haja o que houver, Assad está com os dias contados e que uma internvenção militar nesse momento tentaria evitar mais mortes durante a guerra civil que assola o país.
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Segundo informações da Agência Efe, a Casa Branca afirmou neste domingo que o país não vai se “precipitar” para entrar em guerra na Síria, como muitos norte-americanos consideram que ocorreu no caso do Iraque em 2003. “Já nos apressamos a entrar em guerra nesta região no passado, não vamos fazer isso desta vez”, garantiu o chefe de gabinete da Casa Branca, Denis McDonough, em entrevista à rede de televisão CBS.
“Temos que ser muito perspicazes a respeito do que é de nosso interesse, que resultado é melhor para nós, e os preços que estamos dispostos a pagar para chegar a esse ponto”, acrescentou o assessor de Obama. Segundo McDonough, os EUA fizeram “grandes esforços” para “entender quem forma a oposição” armada a Bashar al-Assad.
Vários legisladores republicanos, no entanto, criticaram ontem o governo por considerar que esperou demais para atuar militarmente e, agora, “a região inteira está a ponto de explodir”, segundo o senador republicano Lindsey Graham.