Em busca de refúgio na África do Sul, oito etíopes morreram sufocados enquanto viajavam dentro de um caminhão, em uma estrada de Moçambique. As mortes aconteceram no dia 2 de fevereiro e chamaram a atenção para os perigos enfrentados por aqueles que solicitam refúgio no sul do continente.
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Os oito morreram em um container de um caminhão fechado e faziam parte de um grupo de 26 pessoas, todos da Etiópia, que buscavam chegar à África do Sul. Eles saíram do campo de refugiados Maratane, no norte de Moçambique.
O ACNUR (Agência das Nações Unidas para Refugiados) comentou o caso e alertou para os perigos que enfrentam aqueles que fogem para o sul do continente africano. “Acreditamos que são substanciais os riscos para aqueles que se dirigem ao sul através do leste da África ou via rotas do Oceano Índico”, disse Sanda Kimbimbi, representante regional da entidade.
O caminhão, que também transportava uma carga de óleo, fez uma parada em Mocuba sete horas após deixar Maratane. Só então o motorista percebeu a morte das oito pessoas. Ele foi preso e uma investigação policial foi iniciada.
O problema citado pelo ACNUR já rendeu um relatório publicado em janeiro deste ano pela entidade em parceria com o Centro de Estudos sobre Refúgio, da Universidade de Oxford. O campo de refugiados de Maratane conta atualmente com aproximadamente 11 mil solicitantes de refúgio somalis e etíopes e serve como ponto de parada.
O ACNUR acredita que no ano passado 2,5 mil etíopes deixaram Maratane em direção à África do Sul. A entidade busca agora melhorar as condições de vida do local, juntamente com o governo de Moçambique.
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