As Nações Unidas anunciaram neste domingo (09/09) que houve “bons progressos” para definir orientações e regras para implementar o Acordo de Paris de 2015, antes da cimeira de dezembro próximo na Polônia.
A declaração foi feita a jornalistas em Bangcoc, capital da Tailândia, pela secretária-executiva da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática, Unfccc.
No fecho das negociações, Patrícia Espinosa alertou, no entanto, que “os países não se podem acomodar e devem continuar acelerando e aprofundando o diálogo”.
As diretrizes devem ser executadas pelos Estados-membros e são consideradas “um elemento importante para garantir uma ação climática transparente e prática no mundo”.
A preparação das orientações começou em 2016, o ano que se seguiu à adoção do Acordo de Paris. A expectativa é que essas regras sejam aprovadas na Conferência sobre Mudança Climática, COP24, do fim do ano na cidade de Katowice, Polônia.
Espinosa disse que é preciso um trabalho urgente nas próximas semanas para alcançar esse objetivo. Segundo a representante, é necessário aumentar de forma significativa a ação climática.
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Acordo de Paris
Para ela, está claro que “a implementação completa do Acordo de Paris é a melhor maneira de chegar até esse ponto de uma forma equilibrada e coordenada, para que ninguém seja deixado para trás”.
A comunidade internacional tenta aumentar a ação para lidar com os impactos da mudança climática impulsionando o apoio financeiro aos países em desenvolvimento, além de promover a cooperação tecnológica e a capacitação.
Outra medida é limitar o aumento da temperatura global a níveis bem abaixo de 2º C e, idealmente, reduzir o nível de emissões a 1,5º C.
As preocupações nesse processo incluem manter uma comunicação regular e transparente entre os países, garantir um financiamento claro e fazer refletir as contribuições e as responsabilidades nacionais em diferentes níveis de desenvolvimento.
Para Espinosa, o Acordo de Paris estabelece um equilíbrio delicado para todos os Estados. A representante quer que sejam reconhecidas diferentes realidades e níveis de desenvolvimento econômico e social, que ditam as várias situações nacionais.
(*) Com ONU News