O Conselho de Direitos Humanos da ONU deu um passo histórico na luta contra a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero ao aprovar nesta sexta-feira (17/06), contra a opinião dos países islâmicos, uma resolução que reconhece formalmente o problema.
A adoção do documento foi recebida com apoio na sala da ONU onde se reúnem os 47 países que integram o Conselho, principalmente por parte dos representantes de organizações defensoras dos direitos dos homossexuais.
Durante anos, a oposição dos países da Organização da Conferência Islâmica freou qualquer avanço na aprovação no Conselho desta resolução, promovida por vários estados ocidentais e apoiada pelos latino-americanos.
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Com respaldo dos países africanos desta vez foi possível o reconhecimento das práticas discriminatórias sofridas por homossexuais e transexuais no mundo todo, embora por uma estreita margem.
Assim, a resolução, apresentada pela África do Sul, foi aprovada por 23 votos contra 19, com três abstenções.
“Hoje estamos fazendo história em matéria de equidade. Damos um passo histórico rumo à igualdade”, declarou a embaixadora dos Estados Unidos, Eileen Chamberlain Donahoe, ao conhecer-se o resultado da votação.
A resolução pede ao escritório da alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, realizar um estudo que documente os tipos de discriminação baseados na orientação sexual em todas as regiões do mundo, documento que deverá estar pronto até dezembro deste ano.
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