Com 80% dos votos apurados, o Partido dos Tailandeses (Puea Thai), de oposição, já garantiu 254 das 500 cadeiras do parlamento Tailandês e, com a maioria garantida, vence as eleições legislativas daquele país, realizadas neste domingo.
A legenda é liderada oficialmente por Yingluck Shinawatra, irmã do ex-premiê Thakshin, deposto pelos militares por um golpe de Estado em 2006. Aos 44 anos e sem experiência política, ela deverá se tornar a primeira mulher a chefiar o governo do país asiático. Thaksin, que vive em Dubai como foragido da Justiça por acusações de corrupção, é o idealizador e líder de fato do partido.
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O primeiro-ministro interino da Tailândia, Abhisit Vejjajiva, reconheceu a derrota de seu partido, o Democrata).
Uma pesquisa de boca de urna realizada pela Universidade Suan Dusit indicou que o Puea Thai receberá 313 cadeiras do total de 500 que formam o Parlamento, enquanto outra, feita pela Universidade da Assunção, de Bangcoc, previu que a legenda obterá 299 assentos.
O segundo lugar, de acordo com a apuração oficial, será ocupado com folga pelo Partido Democrata, com 164 cadeiras, seguido pelo Partido do Orgulho Tailandês (Bun Khan Thai), que deverá somar 35. Os demais assentos estão entre três partidos nanicos.
“Parabenizo o Puea Thai pela oportunidade que tem de liderar o próximo governo e desejo a Yingluck Shinawatra todo o sucesso como primeira mulher a ser primeira-ministra da Tailândia”, disse o chefe de governo em uma breve discurso na sede seu partido.
A vitória representa o retorno ao poder dos políticos leais a Thaksin depois do intervalo de mais de dois anos nos quais governou uma coalizão liderada pelo Democrata.
Por outro lado, Thaksin Shinawatra indicou, em entrevista à emissora de televisão local PBS, que seu partido convidará outras legendas a formar uma coalizão, embora consiga o suficiente número de cadeiras para governar sozinho.
O governante deposto em 2006 também disse que é seu desejo retornar à Tailândia o mais rápido possível. Entretanto, ponderou que isso deverá ocorrer no momento adequado para “não ser parte de um problema, mas de uma solução”.
Em dezembro de 2008, o Tribunal Constitucional dissolveu, por acusação de fraude eleitoral, o Partido do Poder do Povo, formado pelos políticos ligados a Thaksin. Em seguida, a formação Democrata formou uma aliança parlamentar com deputados desertores para governar, levando o país a uma série de protestos e à uma profunda crise política.
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