O governo do Peru decretou nesta quarta-feira (11/04) estado de emergência na província de
Um decreto publicado no diário oficial peruano assinalou que a medida se prolongará durante 60 dias e implica na suspensão de direitos fundamentais como o livre trânsito e a inviolabilidade de domicílio.
O governo detalha que a medida foi tomada porque “50 elementos terroristas” fizeram como reféns trabalhadores da empresa Skanska e um funcionário público do povoado de Keshiapato.
“Tais fatos que são de conhecimento público demandam uma ação imediata do Estado a fim de proteger à população do referido distrito”, enfatiza o decreto.
Fontes do Ministério do Interior confirmaram hoje à Agência Efe que um grupo de 43 pessoas permanece sequestrado na selva peruana por um grupo armado, que a imprensa local vincula aos remanescentes do grupo terrorista Sendero Luminoso.
“Inicialmente foram 45 os sequestrados e os únicos libertados foram uma médica e uma enfermeira que não podiam avançar pela floresta. A elas foram entregues as notas com as reivindicações”, afirmou a fonte.
Na nota de resgate que foi divulgada pela imprensa local os sequestradores pedem o pagamento de 10 milhões de dólares para libertar os trabalhadores e uma “cota de guerra” anual de 1,2 milhão.
Kepashiato fica na área do vale dos rios Apurímac e Ene, um local de difícil acesso onde operam remanescentes do grupo armado Sendero Luminoso e quadrilhas do narcotráfico. Inicialmente, houve diversas versões sobre o número de sequestrados e chegou a ser informado que apenas sete trabalhadores permaneciam em cativeiro.
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