O partido governista espanhol PP (Partido Popular) foi financiado de maneira ilegal entre 1990 e 2008. Essa é a conclusão de um relatório de 131 páginas elaborado pela Udef (Unidade de Delitos Econômicos e Financeiros), um dos braços da polícia local.
Agência Efe
Documento da polícia foi feito com base na documentação do ex-tesoureiro Bárcenas
O esquema de corrupção, implementando no período em que o tesoureiro do PP era Luís Bárcenas, recém demitido do partido, era o seguinte, segundo o documento divulgado pelo jornal El País: “Se observa uma atuação persistente [do PP] de transformar doações nominais acima do limite legal em ingressos de doadores anônimos, dividindo a quantia em múltiplas partes com valor inferior”. Até 2007, a legislação do país impedia doações superiores a 60 mil euros.
A Udef ainda relaciona doações de empresas à conquista de contratos públicos em locais governados pelo PP. Entre as companhias citadas estão OHL, Sando, Sacyr, Azvi, Aldesa, Construtora Hispánica, entre outras. Além do limite financeiro, a lei espanhola também proíbe o financiamento privado de prestadoras de serviços públicos.
Além de Bárcenas, diversos líderes do PP também estão envolvidos no caso, como o presidente do governo da Espanha, Mariano Rajoy, que recebia pagamentos mensais do partido. Tal prática é considerada ilegal quando o político está exercendo um cargo público.
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