Atualizada às 18h09
Uma operação antiterrorista conduzida pela polícia da Bélgica resultou na morte de pelo menos dois suspeitos que planejavam um “ataque iminente e em grande escala” na cidade de Verviers, situada a 120 quilômetros a sudoeste de Bruxelas, anunciou o porta-voz da procuradoria federal belga nesta quinta-feira (15/01). Além dos dois mortos, outro suspeito de participar do crime está ferido e já foi detido.
EFE
Autoridades policiais belgas anteciparam ataque depois de grampear os telefones dos três jovens suspeitos
Segundo o porta-voz, os três tinham combatido na Síria e voltaram para a Bélgica há uma semana. O grupo pretendia realizar um atentado semelhante ao que aconteceu na última semana, em um mercado judeu kosher em Paris.
Nenhum policial se machucou no processo e a investigação continuará no país. A operação aconteceu em meio a tiros e barulhos de explosões por volta das 18h locais (15h de Brasília) em uma antiga padaria da pequena cidade, localizada próxima da fronteira com a Alemanha, de acordo com o jornal local De Standaard.
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A polícia federal belga antecipou o ataque depois de grampear os telefones dos três jovens suspeitos, segundo a emissora RTL-TVI. Nos últimos dias, diversas ameaças feitas por jihadistas belgas estavam sendo divulgadas na internet, o que já havia chamado atenção das autoridades. À BBC, o magistrado belga Eric Van der Sypt disse que os hsuspeitos estavam “extremamente bem armados” com armas automáticas.
Após o incidente, diversas regiões da Bélgica aumentaram o estado de alerta contra terrorismo, principalmente na capital. Assim como alguns subúrbios de Bruxelas, Verviers é considerada um dos centros de radicalização islâmica no país. De acordo com o Ministério Público, um juiz concedeu cerca de 10 mandados de busca em locais que incluem Bruxelas e Verviers.
Na quarta (14/01), as autoridades belgas detiveram um homem que negociou com os irmãos Kouachi – supostamente responsáveis pela morte de 12 pessoas na sede do jornal satírico francês Charlie Hebdo na última semana – a entrega das armas utilizadas no tiroteio contra a redação do semanário. Em maio de 2014, três pessoas foram mortas a tiros no Museu Judaico de Bruxelas.