A Polícia sueca informou neste domingo (12/12) que as explosões registradas no sábado (11/12) em Estocolmo, e nas quais um suposto homem-bomba morreu, são consideradas um “atentado terrorista”.
O serviço de Inteligência sueco (Säpo), que assumiu a investigação do caso, não confirmou os vínculos do e-mail recebido minutos antes das explosões e no qual se pedia ataques contra a Suécia por sua participação no Afeganistão, mas essa é uma das hipóteses com a qual trabalham.
As autoridades suecas decidiram por enquanto não elevar o grau de ameaça terrorista no país, mas aumentarão a presença de policiais em vários pontos do centro capital, entre eles os principais shoppings, informou a Polícia em entrevista coletiva em Estocolmo.
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“O que ocorreu é muito grave”, disse Anders Thornberg, do Säpo, que não quis dar detalhes sobre o morto ou sobre as suspeitas para não prejudicar a investigação policial.
Um carro com vários bujões de combustível explodiu pouco antes das 17h local (14h de Brasília) deste sábado no centro de Estocolmo, no cruzamento das ruas Drottning e Olof Palme.
Duas pessoas ficaram levemente feridas por causa do incidente, indicaram as fontes.
A primeira das explosões ocorreu numa área no centro comercial de Estocolmo repleta de pessoas que faziam compras natalinas. A segunda ocorreu a apenas 200 metros de distância.
A rua Drottning é a principal via de pedestres de Estocolmo. A poucas centenas de metros do local das explosões fica o Konserthus, palco no dia anterior da cerimônia de entrega do Prêmio Nobel.
O e-mail foi recebido tanto pela Polícia como pela agência de Notícias “TT”. A mensagem indica que o motivo do ataque era o envolvimento da Suécia na missão militar ocidental no Afeganistão e a publicação de caricaturas do profeta muçulmano Maomé.
Na nota, critica-se a participação militar da Suécia no Afeganistão e o silêncio da população contra o cartunista sueco Lars Vilks, famoso pelas charges sobre o profeta islâmico Maomé.
“Nossas ações falarão por elas mesmas enquanto não acabarem com vossa guerra contra o Islã e as humilhações contra o profeta e vosso estúpido apoio ao 'porco' Vilks”, assinalou o indivíduo.
O ministro de Assuntos Exteriores da Suécia, Carl Bildt, afirmou neste domingo que o incidente é “um ataque terrorista frustrado que poderia ter resultado catastrófico”.
O imame da principal mesquita de Estocolmo, xeque Hassan Moussa, condenou em comunicado o incidente, criticando “qualquer forma de ataque, violência, terror e ameaça contra pessoas inocentes independentemente do motivo ou pretexto”.
A segurança e a estabilidade da Suécia são uma “obrigação social e religiosa”, assinalou o imame.
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