Um tribunal de Caracas condenou nesta quarta-feira (13/07) o ex-candidato presidencial Oswaldo Álvarez Paz, 68 anos, a dois anos de prisão. Ele foi considerado culpado pelo crime de difusão de falsas informações.
Paz foi governador do Estado de Táchira e acusado de conspiração, divulgação de falsas informações capazes de provocar pânico e incitação ao ódio com o propósito de alterar a paz pública. Ao receber a sentença, o político levantou dúvidas sobre a lisura do processo a que foi submetido.
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“Estou absolutamente convencido de que os venezuelanos vivem em um país onde desaparece o direito”, disse Paz. “[Estou] muito orgulhoso de [minhas] ações e palavras”, acrescentou ele.
O político foi detido em 22 de março de 2010 pelo Serviço Bolivariano de Inteligência e pela Polícia Metropolitana por ordem de um tribunal de Caracas, depois de criticar a política externa de Chávez.
O ex-candidato à presidência, nas eleições de 1993, emitiu várias opiniões sobre a tensão entre Venezuela e Espanha. Os espanhóis indicaram que Chávez cooperavam com o grupo separatista, ETA, e com as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Na ocasião, Paz disse que “a Venezuela se converteu em um centro de operações que facilita os negócios do narcotráfico”.
Em maio de 2010, a Justiça da Venezuela determinou a libertação de Paz, mas proibiu sua saída do país e exigiu que ele se apresentasse a cada 14 dias perante o juiz.
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