Todas as centrais sindicais de Portugal lideram nesta quinta-feira (24/11) uma greve geral, após o governo anunciar um novo pacote de medidas de austeridade. Os sindicalistas temem os cortes de salários e o fim de benefícios, como os bônus concedidos no final do ano.
As medidas de austeridade são uma exigência da União Europeia e do FMI (Fundo Monetário Internacional) para a concessão de empréstimo para o pagamento da dívida interna. O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho disse na quarta-feira (23/11) que, ainda que considerasse a mobilização “positiva”, a solução para a crise exigirá mais trabalho.
“O que é importante nesse momento para Portugal é encontrar um meio para sair da crise, que será uma consequência de nosso trabalho e prontidão para mudar o que precisamos”, afirmou.
Pesquisa recente de um dos principais jornais do país afirma que mais da metade dos consultados não confia no governo. Para 63%, o país não alcançará suas metas orçamentárias no ano que vem.
Paralisação
A greve provocou o cancelamento de 121 dos 140 voos programados pela TAP, a maior empresa do ramo no país. De acordo com informações da companhia aérea, 17 voos foram reprogramados. Pelo menos 80% dos passageiros receberam a informação com antecedência, segundo a TAP.
Especialistas disseram que os impactos da greve geral serão observados em todos os setores da sociedade e da economia de Portugal. Nos principais aeroportos do país, aderiram à paralisação os sindicatos que representam os trabalhadores de assistência em terra, os tripulantes de cabine e os que integram a comissão que faz o controle aéreo.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa, da Dow Jones e da Associated Press.
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