O futuro das investigações da suspeita de escuta ilegal na Argentina está nas mãos da Justiça. Nesta segunda-feira (13/4), o principal acusado, Mauricio Macri, prefeito de Buenos Aires, pediu que que seu depoimento, agendado para o dia 28 de abril, seja adiado.
Junto com funcionários do gabinete e da polícia da capital, Macri foi denunciado por ter ordenado a escuta telefônica de um alto dirigente da comunidade judaica argentina, Sergio Burstein, e do cunhado dele.
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No documento apresentado ao juiz, Macri afirma que a data do depoimento coincide com uma viagem sua à Índia, informou a agência de notícias estatal argentina, Télam.
Dias antes, o prefeito havia pedido para tirar cópia do inquérito e obteve autorização do juiz.
Macri, oposicionista de centro-direita, é um dos pré-candidatos com maiores chances de suceder a presidente Cristina Kirchner em 2011.
Escutas ilegais
A denúncia foi feita quando Burstein, dirigente da comunidade judaica e membro da organização Familiares de Vítimas da Amia (entidade alvo de um atentado com um carro-bomba em 1992, em Buenos Aires) soube que seu telefone havia sido grampeado. Na mesma época, o até então chefe da polícia metropolitana, Jorge Palacios, foi tirado da instituição, criada por Macri no início do ano.
Palacios, homem de confiança de Macri, é considerado suspeito de ter sido cúmplice do atentado da Amia. Ao mesmo tempo, outra denúncia mostrava que quem realizava a escuta contra o dirigente da comunidade judaica era o espião Ciro James, membro da secretaria de Educação portenha. Atualmente, os dois estão sendo processados e mantidos presos em uma prisão de segurança máxima.
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