Agência Efe
Desaparecimento de 43 estudantes causou comoção no México; população pede respostas ao governo
O presidente do México, Enrique Peña Nieto, prometeu na noite desta sexta-feira (07/11) esforços para conseguir “o total esclarecimento” do desaparecimento de 43 estudantes na cidade de Iguala.
A Procuradoria-Geral do país afirmar que os detidos sob acusação de envolvimento no caso confessarem que os estudantes foram queimados com gasolina e os restos, bem como ossos, colocados em bolsas e jogados em um rio. O dirigente mexicano classificou o caso como “crime abominável”.
Para o presidente, as “descobertas apresentadas” pelo procurador-geral, Jesús Murillo, “indignam toda a sociedade mexicana”. “Todos os culpados serão castigados no marco da lei. Aos pais de família e à sociedade mexicana, asseguro que não retrocederemos até que não se faça justiça”, disse.
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Segundo os relatos dos acusados divulgados na noite de ontem (07) pelo governo mexicano, todos os jovens foram queimados com gasolina e outras substâncias.
Após terem sido incinerados, um integrante da quadrilha, identificado como El Terco, teria ordenado que os restos fossem triturados e lançados em um rio. O objetivo do grupo era apagar qualquer vestígio, por isso foram queimados todos os pertences pessoais dos jovens.
Agência Efe
Manifestações contra o desaparecimento dos 43 estudantes tomaram conta das ruas do México
De acordo com Karam, a certeza de que os relatos são verdadeiros se deve à riqueza de detalhes e à comprovação de várias das declarações, como a descrição precisa do local de onde estariam as bolsas com os restos dos jovens.
As cinzas dos estudantes serão enviadas a uma universidade nos Estados Unidos para que possam ser identificadas. Não há, no entanto, nenhuma garantia ou data para que isso ocorra. O processo de identificação poderá durar anos. Karam garantiu também que os outros restos encontrados em valas comuns no país terão a identidade investigada.
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Pais pedem informações concretas sobre o desaparecimento dos jovens
Os pais dos 43 estudantes desaparecidos negaram a veracidade das informações da Procuradoria de que os jovens foram queimados. De acordo com informações da Rede Telesur, “enquanto não houver provas contundentes do crime”, eles continuarão a acreditar que os filhos estão vivos.
Para os responsáveis dos jovens, o governo mexicano não se esforça na busca dos filhos, pois “já se acredita que eles estão mortos mesmo sem nenhuma prova concreta”.
Centenas de pessoas marcharam nas ruas mexicanas nos últimos dias pedindo um rápido desfecho para o caso. Peña Nieto disse que a informação confirmada pela Procuradoria é resultado da “ampla operação” lançada por seu governo, “fazendo uso de todas as capacidades materiais do Estado”