Uma delegação composta por três presidentes da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) pretende viajar a Abidjan, capital da Costa do Marfim, para pedir ao líder Laurent Gbagbo que deixe o governo local e ameaçá-lo com o uso da força para forçar sua saída.
O porta-voz da Cedeao, Sunny Ugoh, afirmou à Agência Efe em Lagos que a delegação, que se deslocará na terça-feira (28/12) à Costa do Marfim, será composta pelos presidentes de Benin, Cabo Verde e Serra Leoa, que devem se reunir com Gbagbo em Abidjan, possivelmente acompanhados pelo presidente da Comissão do organismo, James Victor Gbeho.
Na sexta-feira passada, em uma cúpula extraordinária, dez dos 15 presidentes da Cedeao decidiram em Abuja advertir a Gbagbo que eles poderiam usar a força para tirá-lo do poder, caso não reconheça Alassane Ouattara como legítimo presidente da Costa do Marfim, após as eleições de 28 de novembro.
Leia mais:
Costa do Marfim pede saída de tropas da ONU, que prometem cumprir mandato
Militares fecham fronteiras da Costa do Marfim após resultado de eleições
Costa do Marfim realiza no domingo 2º turno de eleições em clima de tensão
Costa do Marfim terá toque de recolher depois do segundo turno das eleições
Após a votação, a Comissão Eleitoral Independente (CEI) anunciou a vitória a Ouattara, com 54% dos votos, contra 46% de Gbagbo, um resultado convalidado pela Operação das Nações Unidas em Costa do Marfim (Onuci).
Gbagbo não admitiu a derrota e o Conselho Constitucional, formado por seus partidários, anulou as votações em sete distritos amplamente favoráveis a Outtara e lhe deu o triunfo com 51,5%, contra 48,5% de seu rival.
Tanto Ouattara quanto Gbagbo se declararam presidentes e passaram a atuar como tais, designando primeiros-ministros e Gabinetes, o que gerou enorme tensão e provocou violência no país, que se encontra à beira de uma guerra civil.
A comunidade internacional respaldou a vitória eleitoral de Ouattara e exigiu que Gbagbo deixe a Presidência, ele que já foi submetido a sanções econômicas e de viagem pela ONU, União Europeia e Estados Unidos.
A União Africana e a Cedeao suspenderam a Costa do Marfim do quadro de países até que Ouattara tome posse da Presidência, o que é impedido pelas Forças Armadas e de Segurança, leais a Gbagbo.
Siga o Opera Mundi no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
NULL
NULL
NULL