Duas pessoas morreram e pelo menos 25 ficaram feridas em incidentes e confrontos durante manifestações contra a Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti), liderada pelo Brasil, à qual acusam de causar a epidemia de cólera no país.
O porta-voz da missão da ONU, Vincenzo Pugliese, confirmou à Agência Efe que uma das mortes – de um homem – foi registrada em Quartier-Morin, quando “elementos armados” tentaram entrar no heliporto da base militar.
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Manifestantes armados começaram a atirar contra soldados do heliporto, que, por sua vez, dispararam de volta “em legítima defesa”, indicou o porta-voz. Esse incidente ocorreu por volta das 16h45 local desta segunda-feira (15/11), 19h45 de Brasília.
A outra morte foi registrada durante a tarde em Cap-Haïtien, onde um jovem foi encontrado morto por ferimento de bala, informou a radio Kiskeya.
“Os militares que foram acusados (desta morte) garantem que nem sequer estavam no local” no momento da morte, explicou a rádio.
Segundo a imprensa local, pelo menos 19 pessoas ficaram feridas, 15 delas por arma de fogo, durante estes enfrentamentos ocorridos em Cap-Haïtien.
Habitantes dessa localidade, contatados por telefone, indicaram à Efe que ouviram disparos e viram barricadas de pneus em chamas em meio às ruas.
“O povo tem medo no Haiti e a vulnerabilidade das pessoas é explorada e manipulada por alguns partidos”, disse Pugliese, sem precisar quais partidos políticos realizam estas práticas.
Em comunicado, a Minustah pediu à população “permanecer vigilante e não se deixar manipular pelos inimigos da estabilidade e da democracia no país”.
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