O presidente dos EUA, Barack Obama, declarou nesta segunda-feira (16/11) que “os próprios refugiados são vítimas do terrorismo” e que “fechar as portas na cara deles é uma traição a nossos valores”.
Em discurso realizado no fim da cúpula do G20, na Turquia, Obama ainda disse que pretende aceitar mais refugiados, não apenas sírios, e, ao mesmo tempo, garantir a segurança do povo norte-americano. “Podemos e devemos fazer ambos”, disse ele. O presidente também pediu a outros países que fizessem o mesmo e que enviassem recursos financeiros e humanitários para a Síria.
Agência Efe
Obama discursa durante cúpula do G20 nesta segunda-feira
Uma onda de ódio contra refugiados vem sendo alimentada na Europa após uma série de ataques em Paris, que deixou 129 pessoas mortas e 352 feridas, segundo o último balanço oficial das autoridades francesas.
Relembrando os ataques em Paris, Obama classificou o Estado Islâmico como a “face do mal” e disse que a tragédia é um atraso na campanha de combate à organização. “Sempre entendemos que seria uma campanha a longo prazo com retrocessos e avanços. O atentado a Paris foi um terrível retrocesso, mas precisamos nos manter focados e lembrar que avanços foram feitos”, declarou.
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Para continuar no combate ao EI, o presidente disse que as estratégias já empregadas pelos EUA serão intensificadas, o que inclui mais ataques aéreos, operações conjuntas com tropas iraquianas e sírias, e o compartilhamento de inteligência militar com a França.
Ele, contudo, afirmou que mandar tropas terrestres para lutar seria um erro. “Eu e meus assessores militares e civis acreditamos que isso seria um erro. Não porque nossos militares seriam incapazes e não conseguiriam temporariamente expulsar o EI, mas porque veríamos uma repetição do que já vimos: se não tivermos o apoio da população, podemos tirar o EI, mas ele vai voltar, a não ser que fizéssemos uma ocupação permanente”, explicou, fazendo alusão às invasões do Afeganistão e Iraque.
“Temos a estratégia certa, ela vai funcionar, mas se quisermos que o progresso se mantenha, precisamos que mais nações se juntem e ofereçam os recursos que essa operação demanda”, pediu.