O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, anunciou nesta segunda-feira (07/09), na Câmara dos Comuns, que o país vai receber 20 mil refugiados sírios até 2020. No entanto, essa conta não inclui pessoas que chegaram à Europa por seus próprios meios – apenas os nacionais da Síria que estão em campos de refugiados na fronteira do país do Oriente Médio.
No entanto, os refugiados não vão obter o status de asilados assim que entrarem no Reino Unido. Isso daria a eles o direito de se estabelecer no país. De acordo com o jornal The Guardian, Londres dará a eles um “status humanitário”, que permite o pedido de asilo ao final de cinco anos de permanência em solo britânico.
Agência Efe
Cameron anunciou que Reino Unido vai receber 20 mil refugiados até 2020
O número de 20 mil refugiados, no entanto, é espalhado no período de cinco anos – uma média de 4.000 ao ano. A Alemanha, sozinha, estima receber 800 mil pedidos até o final do ano.
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Segundo Cameron, o país tem “responsabilidade moral” de ajudar na crise humanitária na Síria. Além disso, de acordo com o premiê, do partido Conservador, o Reino Unido destinará parte de seu orçamento de ajuda internacional, de cerca de 12 bilhões de libras (cerca de R$ 70 bilhões) anuais, para melhorar as condições nos campos de Turquia, Jordânia, Líbano e Síria.
O governo britânico passou a ser fortemente pressionado a receber mais refugiados após a publicação da foto do menino sírio morto em uma praia da Turquia. Antes reticente, Cameron mudou de posição junto com a imprensa do Reino Unido, que passou a defender o mesmo.
Ataque com drone
Cameron informou aos parlamentares que um drone da Força Aérea Real (RAF) matou em agosto três militantes do Estado Islâmico (EI) na Síria – dois deles britânicos. Segundo o premiê, foi uma ação totalmente legal, por ser “em defesa própria”, apesar de o governo não ter autorização parlamentar para bombardear no país árabe.
O parlamento britânico autorizou em 2014 uma intervenção militar aérea contra o EI no Iraque, mas o Executivo não conta com o sinal verde dos deputados para participar dos ataques liderados pelos Estados Unidos na Síria.