O Senado dos Estados Unidos rejeitou nesta sexta-feira (21/07), por 51 votos a 46, o projeto republicano de lei conhecido como “Cortar, controlar, limitar”. A medida propunha cortes radicais nas despesas públicas e uma emenda constitucional para impor orçamentos equilibrados como condição para elevar o teto do endividamento do país.
A proposta, apoiada pelos setores mais radicais do movimento conservador Tea Party, era uma demonstração de força do partido republicano na Câmara de Representantes, onde recebeu sinal verde na última terça-feira. Entretanto, para ser aprovada, ela precisava passar pelo Senado, que conta com maioria democrata.
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O próprio presidente norte-americano, Barack Obama, qualificou a proposta como “proposta vazia” e indicou que se chegasse à Casa Branca para ser ratificada, seria vetada.
A votação acontece em meio a difíceis negociações entre democratas e republicanos para elevar o limite da dívida dos EUA, que está estabelecido em 14,29 trilhões de dólares e que se esgotará em 2 de agosto.
Nessa data, de acordo com o Tesouro norte-americano, o governo ficará sem fundos para arcar com todas as suas obrigações financeiras e terá que se declarar em moratória parcial.
A menos de dez dias do fim do prazo, Obama fez um apelo aos líderes dos dois partidos para que cumpram com sua “responsabilidade” e cheguem a um acordo, já que as consequências da declaração de moratória seriam “catastróficas” para a economia nacional e internacional.
Nesta sexta-feira, o presidente americano deve se reunir novamente com o presidente da Câmara de Representantes, o republicano John Boehner, para prosseguir com as negociações em torno de um plano de redução do enorme déficit do país que permita, paralelamente, elevar o teto da dívida.
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