O Tribunal Supremo da Tunísia determinou neste sábado (15/01) que o país terá eleições presidenciais em até 60 dias. Também confirmou, pela televisão estatal, que o afastamento do então presidente, Zine al-Abidine Ben Ali é definitivo. Ele deixou o país ontem, depois de 23 anos no poder. Foi recebido na Arábia Saudita, depois de uma negativa da França.
A corte também decidiu que, até a realização das eleições, o governo ficará com o presidente do Parlamento, Fouad Mebazaa, e não o primeiro-ministro Mohamed Ghannouchi. Aliado do ex-presidente, Ghannouchi anunciou ontem que estava assumindo o poder interinamente.
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Hoje, o Exército tomou conta das ruas da capital Túnis. Algumas das avenidas centrais da cidade foram fechadas para o tráfego e ocupadas por militares a pé, em tanques e outros carros de combate. Na sexta-feira, mesmo com a decretação do estado de emergência, houve novos protestos. Uma estação de trem e um presídio pegaram fogo, segundo a rádio Voz da América.
Em um comunicado, a Liga Árabe pede a “todas as forças políticas e representantes da sociedade tunisina para se manterem unidas para alcançar a paz nacional”. Também diz esperar pelo retorno da calma e de um “consenso nacional” para tirar o país da crise, além de garantir o respeito à vontade do povo.
O secretário-geral da Liga, Amr Moussa, afirmou que os eventos na Tunísia são “sérios”e têm “dimensões históricas”. Para ele, é o desenho do “início de uma era e o fim de outra”.
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