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Sociedade

Aula Pública com Roberto Grün: como a dominação financeira é estruturada na vida social contemporânea

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Autor do livro 'Decifra-me ou te devoro – o Brasil e dominação financeira', professor da UFSCar explica como as finanças prevalecem na esfera social e cultural

Redação

2017-01-22T12:00:00.000Z

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No capitalismo contemporâneo, o mercado financeiro ganhou exponencial legitimidade. Antes concentrada em grandes industriais e fazendeiros, a representação social da riqueza passou a ser focalizada em financistas e rentistas, que, em favor próprio, sugam e espoliam a produção da sociedade. Esta é a análise de Roberto Grün, professor do departamento de Engenharia da UFSCar, que discute O Que é Dominação Financeira, na Aula Pública Opera Mundi.  



Autor do livro Decifra-me ou te devoro – o Brasil e a dominação financeira (Alameda, 344 pg., R$48) ,Grün explica como a sociedade se organiza e aceita um determinado arranjo que privilegia o campo financeiro. 

Clique aqui para assistir a todos os episódios da Aula Pública Opera Mundi

"A dominação financeira é mais um fenômeno cultural do que propriamente financeiro. Como as finanças prevalecem na esfera econômica, social e cultural até chegar até a política? A partir das ideias de Pierre Bourdieu, tento responder esta questão utilizando o conceito de campo financeiro", explica Grün.

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Na Aula Pública, Roberto Grün explica o conceito de dominação financeira

Para o autor, governança corporativa é uma ideia central para compreender como a sociedade contemporânea constroi sua estrutura em torno de uma perspectiva financeirista do mundo. Dominação financeira, explica Grün, não se estabelece apenas na economia. Pelo contrário, ela se expande à produção cultural e às esferas sociais, integrando totalmente o cotidiano dos países. Logo, os indivíduos são obrigados a empreender e se comportar como empresas de si mesmo.

"O que tento descrever com o conceito de governança corporativa é como a dominação financeira é estruturada na vida social contemporânea. Cada vez mais, essa lógica engloba um número maior de agentes e reformata o campo – na perspectiva do sociólogo Pierre Bourdie – do poder na sociedade brasileira", afirma.
 

Assista ao primeiro bloco da Aula Pública com Roberto Grün: como superar a dominação financeira?


No segundo bloco da Aula Pública, Roberto Grün responde perguntas do público na FESPSP, no centro de São Paulo


 

Aula Pública Opera Mundi:
*Coordenação-geral: Haroldo Ceravolo Sereza | Produção: Dodô Calixto | Edição de vídeo: Daniela Stéfano

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Política e Economia

Guaidó é acusado de pedir desbloqueio de US$ 53 milhões aos EUA para governo paralelo

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Valor seria 'orçamento anual' do gabinete do líder opositor, denuncia Jorge Rodríguez, presidente do Poder Legislativo

Michele de Mello

Brasil de Fato Brasil de Fato

Caracas (Venezuela)
2021-04-13T22:50:00.000Z

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O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez, denunciou nesta terça-feira (13/04) que o ex-deputado Juan Guaidó pode desbloquear US$ 53, 2 milhões (cerca de R$265 milhões) nos Estados Unidos para manter a estrutura do governo paralelo. 

Segundo Rodríguez, Guaidó e seus aliados enviaram um orçamento anual ao Escritório de Controle de Bens Estrangeiros (OFAC - sigla em inglês), unidade do Departamento do Tesouro, que libera os dólares diretamente das contas venezuelanas em bancos nos EUA.

O montante seria dividido entre o gabinete da presidência de Guaidó, os seus escritórios de Assuntos Exteriores, deputados da antiga Assembleia Nacional, que seriam parte do seu “Conselho Administrativo”, e o canal TV Capitólio, responsável por cobrir atividades da oposição.

Somente para gastos pessoais do ex-deputado Juan Guaidó teriam sido indicados US$ 2 milhões. Os repasses atingem membros dos quatro maiores partidos da oposição, chamado G4: Vontade Popular, Primeiro Justiça, Ação Democrática e Um Novo Tempo.

Com base em gravações telefônicas do ex-deputado Sergio Vergara, assessor de Guaidó, a AN pode ter acesso aos detalhes do esquema de desvio de dinheiro público venezuelano.

Vergara foi um dos assessores de Guaidó que assinou o contrato com a empresa militar Silverscorp para colocar em prática a Operação Gedeón – tentativa de invasão paramilitar de maio de 2020.

Desde 2019, a Casa Branca reconhece o opositor Juan Guaidó como presidente encarregado da Venezuela, deixando sob sua responsabilidade o gerenciamento dos ativos públicos venezuelanos nos Estados Unidos, incluindo a maior empresa pública da Venezuela no exterior: Citgo Petroleum, filial da Pdvsa. 

A Citgo é avaliada em US$ 7 bilhões e tem uma capacidade de refino de 759 mil barris de petróleo anualmente.  Entre 2015 e 2017, teve um lucro de cerca de US$ 2,5 bilhões (R$ 10 bilhões). No esquema revelado por Jorge Rodríguez, a diretoria da Citgo teria acesso a US$ 1,15 milhão do orçamento.

Presidente da AN apresentou detalhes do esquema de desvio do dinheiro público venezuelano por parte da oposição aliada a Guaidó

O valor depositado nas contas dos opositores deveria servir para pagar gastos com transporte, alimentação, segurança e seus salários, como assessores políticos nomeados pelo autoproclamado Guaidó. 

"Esse dinheiro tem servido para comprar suas mansões em Miami. Roubar é a única atividade na qual Guaidó teve êxito", declarou o presidente do Legislativo.  

Neste ano, a OFAC solicitou ao setor guaidosista recortar o "orçamento" e este seria o motivo da reunião liderada por Vergara, que detalhou o passo a passo do repasse do dinheiro no exterior à oposição.   

Em resposta ao pedido do Departamento do Tesouro, Guaidó teria encerrado o programa "Heróis da Saúde", criado em 2020, para oferecer um bônus de US$ 100 como recompensa aos profissionais que trabalham no combate à pandemia na Venezuela. 

"Eles se roubam entre eles mesmos", acusa Rodríguez e aponta que, neste momento, há uma disputa dentro da oposição venezuelana entre Juan Guaidó e Leopoldo López, do partido Vontade Popular, contra Júlio Borges (Primeiro Justiça) e Henry Ramos Allup (Ação Democrática), para liderar o bloco opositor de extrema-direita e ter prioridade no acesso aos recursos financeiros. 

A Venezuela denuncia que possui US$ 7 bilhões bloqueados em entidades bancárias nos Estados Unidos e na União Europeia.

O governo venezuelano denuncia que Guaidó não cumpre com acordos assinados no ano passado para o desbloqueio de parte do dinheiro público que seria destinado para um fundo de combate à pandemia, gerenciado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Na última semana, Guaidó conseguiu sacar cerca de US$ 30 milhões (aproximadamente R$ 150 milhões) dos fundos depositados em Londres para cobrir gastos pessoais, mas se negou a liberar as reservas de ouro venezuelano retidas no Banco da Inglaterra.

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