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Sociedade

Aula Pública Opera Mundi: o que levou à Revolução Russa em 1917?

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Professor Vitor Schincariol, da UFABC, explica as condições e o contexto que resultaram na ascensão da União Soviética

Redação

2017-08-11T11:21:00.000Z

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Em 1917, a Rússia — um Estado autocrático e ditatorial — era um caldeirão político, absolutamente opressivo. Esse foi cenário que fomentou a resistência dos trabalhadores. O envolvimento do país na Primeira Guerra Mundial significou um gasto enorme com armas, soldados no front e outras despesas bélicas. Como consequência, houve degradação vertiginosa das condições de vida, levando trabalhadores e soldados à união que, mais tarde, provocaria a queda do Estado czarista.



Essa é análise de Vitor Schincariol, doutor em História Econômica pela USP e professor da UFABC, durante a Aula Pública sobre O Que Levou à Revolução Russa em 1917?

Para o especialista, com as condições políticas adversas e o envolvimento na Primeira Guerra, questões econômicas e e sociais criaram um forte movimento trabalhista com várias correntes políticas — cada qual com sua especificidade —, resultando numa organização popular para derrubar o Estado czarista.

Wikimedia Commons

Vladimir Ilyych Lenin fala a tropas do Exército Vermelho diante do Teatro Bolshoi, em Moscou, em 1920; embaixo à direita estão Leon Trotsky e Lev Kamenev

"A mobilização do proletariado, ao longo da guerra, se dirigia do ponto de vista socialista. Logo, o elemento central que vai explicar o porquê dos trabalhadores conseguirem derrubar o Estado czarista é a situação extremamente precária, do ponto de vista econômico, que o país chegou em 1917. Quando falamos em precariedade, tratamos, por exemplo, de ração diária servida à população: chá e um pão, sendo este várias vezes escasso", explica.

Assita ao primeiro bloco da Aula Pública com Vitor Schincariol: o que levou à Revolução Russa?

No segundo bloco, professor Vitor Schincariol responde perguntas do público da UFABC, em São Bernardo do Campo


Outro aspecto decisivo para compreender a queda do Estado czarista foi a politização dos soldados a partir de uma perspectiva de esquerda. Na associação das Forças Armadas com o proletariado, surgiu o que se convencionou chamar de sovietes.

"Não só a Guerra deveria ser encerrada, mas também o próprio Estado que conduziu o país para o conflito deveria ser substituído por uma organização mais democrática, baseada na formação de conselhos de trabalhadores e soldados. O soviete nada mais é que o conjunto de conselhos que passaram a ser formados no interior da Rússia, nas fábricas — com a participação dos trabalhadores — e nas Forças Armadas — com os soldados", explica Vitor.

Opera Mundi TV

Na Aula Pública, Vitor Schincariol explica as razões para o surgimento da União Soviética

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Eleições 2021 no Peru

Eleição no Peru: Com mais de 90% apurados, Castillo lidera, seguido por Keiko Fujimori; siga

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Números indicam realização de segundo turno nas eleições presidenciais, que acontecerá em junho; possível adversário de Castillo ainda está indefinido

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2021-04-13T22:26:00.000Z

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A apuração das eleições presidenciais do Peru ultrapassou a marca dos 91% na manhã desta terça-feira (13/04). O candidato do partido Peru Livre, Pedro Castillo, segue liderando a disputa com 19,07% dos votos. 

Os números indicam a realização de um segundo turno nas eleições presidenciais, que acontecerá em junho. Entretanto, a segunda vaga continua indefinida. Com 92,72% das atas computadas, a filha do ex-ditador Alberto Fujimori, Keiko Fujimori, do partido ultradireitista Força Popular, está na segunda posição com 13,37%.

Segundo Piero Corvetto Saniles, presidente da ONPE, a eleição deste domingo contou com 73,89% de participação. O voto no país é obrigatório.



No domingo (11/04), uma pesquisa boca de urna divulgada pelo instituto Ipsos Perú indicava a liderança de Castillo e o segundo lugar com Keiko Fujimori.

A apuração poderá levar semanas para ser concluída. O presidente do Júri Eleitoral Nacional (JNE) do Peru, Jorge Luis Salas, afirmou à TV Perú que uma projeção realizada pelo órgão indica que a confirmação de quais candidatos estarão no segundo turno das eleições poderá ser publicada somente na primeira semana de maio.

Reprodução
Castillo, 51 anos, é professor do ensino básico do país e lidera resultados

Quem é Pedro Castillo

Após a divulgação dos primeiros números, Castillo agradeceu aos peruanos e, em especial, aos professores. O candidato pelo Peru Livre é docente do ensino básico do país. "O povo se identifica com alguém que nasceu na mesma cidade e estou muito comprometido. Se o povo hoje foi às urnas para refletir isso democraticamente, e se o resultado foi diferente, também devemos aprender com isso. Ninguém nasce com o rótulo de político, líder ou autoridade, mas o caminho se faz ao andar e estou imensamente grato ao meu povo", disse.

Professor do ensino básico, com 51 anos de idade, o presidenciável teve reconhecimento nacional em 2017, quando liderou uma greve de profissionais da educação peruana. Quando jovem, o Castillo fazia parte de rondas campesinas, formas de organizações para combater os crimes que ocorriam nas zonas rurais do Peru, o que, ainda hoje, representa em suas caminhadas ao usar chapéu característico aos integrantes das rondas. 

Em sua campanha eleitoral, o candidato falou em uma participação popular e no chamamento para uma Constituinte no Peru. Pesquisas anteriores ao pleito deste domingo indicavam que a sigla Peru Livre de Castillo angariariam cerca de 6% na intenção de votos.

O partido Peru Livre é uma sigla que se define como "marxista-leninista-mariateguista". O partido propõe reformas como a destituição do Tribunal Constitucional do país, por considerar que o órgão é uma força aliada às elites do país. Peru Livre também defende uma reforma "total" em relação à política fiscal e tributária peruana e propõe a "nacionalização dos recursos estratégicos" da nação.

A entidade "condena" ingerências "imperialistas e neocoloniais", censurando "abertamente" o Grupo de Lima, organização fundada em 2017 por iniciativa do governo peruano sob a justificativa de "denunciar a ruptura da ordem democrática na Venezuela". O Grupo de Lima é formado por 13 países.

Dia de votação

O presidente do JNE do Peru disse que o processo de votação ocorreu de forma tranquila, sem nenhum registro de atos de violência ou manifestações. O Gabinete Nacional de Processos Eleitorais declarou que 99,96% das mesas de votação foram instaladas em todo o país.

As urnas peruanas foram abertas das 7h às 19h, horário local. O voto é obrigatório e seu não cumprimento pode gerar uma multa de cerca de R$300.

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