Atualizada às 13:44 de 20/01/2017
A Rede de Brasileiros no Mundo contra o Golpe, grupo de brasileiros que vivem no exterior e que se opõem ao impeachment de Dilma Rousseff e ao governo de Michel Temer, realizará em Amsterdã, na Holanda, o 1º Encontro Internacional pela Democracia e contra o Golpe no Brasil.
O evento acontecerá nos dias 27, 28 e 29 de janeiro. Entre os convidados confirmados estão Breno Altman, fundador de Opera Mundi, Gilberto Carvalho, ex-ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência de Dilma Rousseff, o sociólogo e cientista político Emir Sader, a filósofa Marcia Tiburi, a eurodeputada portuguesa Marisa Matias, Tadeu Porto, da FUP (Federação Única dos Petroleiros) e Francisco Dominguez, professor da Universidade de Middlesex, no Reino Unido.
Segundo Wellington Calasans, um dos organizadores e porta-voz do grupo, o evento será a primeira reunião com vários articuladores de grupos similares internacionais, em contato pelas redes sociais desde 2016. Pelo menos 44 grupos de 26 países participarão do evento, que será fechado e contará com a presença de cerca de 100 pessoas em um auditório em Amsterdã.
“Um dos objetivos é não levar bandeiras, tirar o foco de brigas e debates internos que estão acontecendo no Brasil. Nosso objetivo é muito maior: conversar com a imprensa internacional, autoridades estrangeiras, entidades de direitos humanos, para denunciar os abusos do atual governo”, disse Calasans a Opera Mundi. “Nós não reconhecemos este governo. Temos plena consciência de que existe uma ditadura no Brasil”, afirmou o organizador.
Reprodução/Facebook
Grupo de brasileiros reunidos no 1º Ato pela Democracia no Brasil, realizado em Amsterdã no dia 31 de março de 2016
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No primeiro dia, será realizada uma confraternização dos participantes com a inauguração de uma exposição de fotos sobre as manifestações de 2016 contra o impeachment, da qual participará o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ).
No sábado, os palestrantes convidados debaterão sobre temas como geopolítica, a construção do golpe no país e o papel de ativistas e as consequências da privatização da Petrobrás na educação e na saúde, além de discutir formas legais de interceder contra o golpe perante instituições internacionais. As palestras do sábado serão transmitidas ao vivo na página do grupo no Facebook.
Já no último dia do evento serão discutidas formas para padronizar as ações e a comunicação da rede.
“O objetivo é debater o Brasil de maneira positiva, tentar encontrar alternativas para resistir a essa investida neoliberal, mas também essa tentativa de se encobrir por meio de cargos e foro privilegiado”, disse Calasans em referência aos políticos investigados na Operação Lava Jato que tomaram o poder após a destituição de Dilma Rousseff, como o próprio Michel Temer.
“Nós daqui de fora temos uma percepção diferente, porque não estamos contaminados por essa guerra de torcidas que acontece dentro do Brasil, fomentada principalmente pela imprensa nacional, especialmente a Globo”, afirmou.
Segundo o organizador, Amsterdã foi escolhida devido à “localização central na Europa”. “A identificação de Amsterdã como uma cidade progressista também foi uma feliz coincidência”, disse Calasans.
Veja o vídeo oficial de divulgação do evento: