O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (10/08) que a ameaça de “fogo e fúria” contra a Coreia do Norte, feita na última terça-feira (08/08), não foi “dura o suficiente”.
Trump reafirmou as ameaças ao governo de Kim Jong-un antes de uma reunião de segurança com o vice-presidente do país, Mike Pence, o assessor de Segurança Nacional, H.R. McMaster, e o chefe de gabinete da Casa Branca, John Kelly.
Na última terça-feira (08/08), Trump afirmou que se a Coreia do Norte seguir com as provocações e ameaças, “vai se deparar com um fogo e uma fúria nunca vistos”. O governo de Kim Jong-un respondeu indicando que planeja atacar a ilha de Guam, território norte-americano no Oceano Pacífico e que abriga uma importante base naval dos EUA.
Criticado nos EUA por seu comentário, o presidente norte-americano disse que “talvez não tenha sido dura o suficiente”. “Eles [Coreia do Norte] têm feito isso com nosso país há muito tempo, há muitos anos, e já está na hora de alguém peitar pelas pessoas deste país e pelas pessoas de outros países. Então, talvez aquela declaração não tenha sido dura o suficiente”, disse Trump.
Perguntado pelos jornalistas se uma das hipóteses cogitadas por Washington é a de um “bombardeio preventivo” contra a Coreia do Norte, Trump respondeu: “Veremos.”
Agência Efe
Donald Trump, presidente dos EUA: 'A Coreia do Norte deve ficar atenta ou terá problemas como poucos países tiveram antes'
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“É melhor a Coreia do Norte ficar esperta ou terá problemas como poucos países tiveram antes”, declarou o republicano. Ainda assim, ele garantiu que os norte-americanos e seus aliados na Ásia estão “seguros”.
A tensão entre Washington e Pyongyang segue elevada desde a posse de Trump, em janeiro passado, mas ganhou novos capítulos nesta semana, após o vazamento de relatórios da inteligência dos Estados Unidos e do Japão que indicam que a Coreia do Norte teria conseguido miniaturizar uma ogiva nuclear, passo crucial para armar seus mísseis intercontinentais com bombas atômicas.
Depois da ameaça de Trump, a Coreia do Norte disse que está planejando atacar Guam com quatro mísseis Hwasong-12. A ilha tem uma população de 160 mil pessoas e abriga duas bases militares norte-americanas. O objetivo da ação seria “mandar uma advertência” aos EUA.
Os projéteis teriam de cruzar o espaço aéreo do Japão, que diz ter condições de abatê-los.
*Com ANSA e Agência Efe