O líder máximo das Farc, Rodrigo Londoño Echeverri, conhecido como “Timochenko”, pediu perdão nesta sexta-feira (08/09) em uma carta ao papa Francisco pelas milhares de vítimas da guerrilha na Colômbia.
“Suas reiteradas exposições sobre a misericórdia infinita de Deus me movem a suplicar por seu perdão por qualquer lágrima ou dor que tenhamos causado ao povo da Colômbia ou a um de seus integrantes”, escreveu “Timochenko”.
Londoño acrescentou que as Farc, que se transformaram no partido político , após a guerrilha abandonar as armas, rejeitaram “qualquer manifestação de ódio e de violência”.
Além disso, disse que os ex-guerrilheiros perdoaram aqueles que eram seus “inimigos” e realizaram um “ato de contrição indispensável” para reconhecer seus “erros e pedir perdão a todos os homens e mulheres que de algum modo foram vítimas” de suas ações.
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Na carta, o ex-líder insurgente implorou ao papa para “convidar todo o povo colombiano a orar para que não se frustre o enorme esforço que envolveu formar a mesa de conversações” para o acordo de paz que o governo e Farc assinaram no ano passado.
Agência Efe
“Timochenko” durante o lançamento público do novo partido colombiano Força Alternativa Revolucionária do Comum
“Timochenko” se desculpou com o pontífice por não comparecer à sua excursão de cinco dias pela Colômbia e indicou que sua ausência se deve a “problemas de saúde”, após ter sofrido um ataque isquêmico transitório em julho, do qual se recupera em Cuba.
Finalmente, disse ter certeza de que a passagem de Francisco pelo país marcará a história da Colômbia e que o amor professado pelo papa ao povo colombiano trará “a paz, a reconciliação e a justiça que tanto desejam os filhos e filhas desta pátria”.