Uma delegação sul-coreana do alto escalão do governo encontrou-se nesta segunda-feira (05/02) com o dirigente norte-coreano Kim Jong-Un, para discutir maneiras de melhorar as relações entre os dois países. O anúncio foi feito pela presidência sul-coreana.
Esta é a primeira vez que os responsáveis sul-coreanos se encontram com o dirigente da Coreia do Norte desde que ele chegou ao poder, em dezembro de 2011. A delegação sul-coreana é formada por dez membros, e está sendo liderada pelo diretor do Departamento de Segurança Nacional, Chung Eui-yong. Eles jantaram hoje com o líder norte-coreano, um evento inédito na história das duas Coreias.
“Vamos falar sobre a vontade do presidente sul-coreano Moon Jae-In de abordar a questão da desnuclearização da península, e de uma paz permanente aproveitando o contexto de boa vontade e de melhorias das relações entre as duas Coreias, criadas pelos Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang”, declarou Chung Eui-yong antes do encontro.
Ministério da Unificação/Coreia do Sul
Primeira vez que os responsáveis sul-coreanos se encontram com o dirigente da Coreia do Norte desde que ele chegou ao poder, em dezembro de 2011
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A delegação foi recebida no aeroporto de Pyongyang por Ri Son Gwon, presidente da comissão para a reunificação pacífica do país e por Kim Yong Chol, que dirige o departamento norte-coreano dos assuntos entre as duas Coreias. Ambos foram à Coreia do Sul para assistir aos Jogos Olímpicos de Inverno deste ano. A trégua olímpica foi a ocasião para o Norte expressar seu desejo de diálogo com o Sul.
O objetivo é apaziguar a tensão crescente na península coreana, desencadeada pela expansão do programa nuclear do Norte, e mediar uma eventual discussão direta entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos. Os dois países não descartam um diálogo, mas os americanos pedem que Pyongyang renuncie a seus programas balísticos e nucleares.
Míssil intercontinental é garantia de sobrevivência
Essa condição colocada pelo governo americano foi rejeitada pelas autoridades norte-coreanas. Kim Jong Un considera que o desenvolvimento de uma arma atômica e a possibilidade de atingir o território americano é uma garantia de sobrevivência do Norte. Pyongyang também denuncia as manobras militares conjuntas realizadas com frequência pelos dois países, e alega que se trata de preparativos de um conflito armado.
Publicado originalmente em Rfi