Em polêmico discurso proferido nesta segunda-feira (16/05), na abertura do período de sessões de verão do Knesset, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou estar disposto a “ceder as terras da pátria” em troca de uma “paz verdadeira” com os palestinos.
Pesquisa Opera Mundi: envie suas sugestões e críticas ao site
A dois dias de partir para Washington para reunir-se na sexta-feira com o presidente norte-americano Barack Obama, o premiê israelense disse, porém, que os palestinos ainda “não estão preparados para exercer o papel de parceiros”.
“A razão pela que não alcançamos a paz é porque os palestinos rejeitam o reconhecimento de Israel como estado nacional do povo judeu”, afirmou no, no qual também criticou a recente conciliação entre os grupos políticos Fatah e Hamas e os confrontos registrados no domingo no Dia da Nakba (Catástrofe, em árabe).
Segundo ele, um governo palestino que inclua representantes do movimento islâmico Hamas, que não reconhece a existência de Israel, não é um governo com o qual seja possível alcançar a paz. “Devemos deixar de nos castigar pelo conflito”, manifestou o primeiro-ministro, e começar a “olhar a realidade com os olhos abertos, como realmente é”.
Leia mais:
Galeria de imagens: Manifestantes relembram êxodo palestino depois da criação do Estado de Israel
Palestinos saem às ruas para celebrar o Nakba e são reprimidos por forças israelenses
Vila Sésamo cria versões israelense e palestina para transmitir mensagens tolerância às crianças
Morte de adolescente palestino aumenta tensões no dia da criação do Estado de Israel
Personalidades israelenses assinam declaração de apoio ao Estado palestino
Na opinião do premiê israelense do partido de direita Likud, a raiz do conflito não é a ausência de um Estado palestino, “mas a oposição palestina à criação do Estado de Israel”. “Os palestinos chamam o dia da criação de Israel de o “Dia da catástrofe”, mas sua catástrofe é que sua liderança não conseguiu chegar a um compromisso”. “Nem sequer nesta segunda-feira têm líderes que estejam dispostos a reconhecer Israel como um Estado judeu”, prosseguiu atacando o premiê.
O discurso foi semelhante a outros realizados ao longo do último ano. Ao mesmo tempo em que diz desejar “alcançar a paz”, não aceita negociar as condições exigidas pelos palestinos, que incluem principalmente, a paralisação das construções de colônias judaicas nos territórios reivindicados.
A oposição, liderada líder do centrista Kadima, Tzipi Livni, criticou o governo por levar Israel a um “crescente isolamento”, ressaltando o fato de que, a partir de setembro, o país não poderá impedir os palestinos de declararem seu Estado de forma unilateral caso obtenham o apoio na ONU (Organização das Nações Unidas).
Siga o Opera Mundi no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
NULL
NULL
NULL