O diretor de operações do Partido Egípcios Livres, Walid Daudi, anunciou hoje (28/11) que sua formação registrou a ocorrência de “muitas irregularidades” ao longo do pleito, entre elas “a compra de votos em todas as províncias” e a distribuição de material publicitário.
A sigla também constatou o uso de cédulas falsas, isto é, que não possuíam o selo da Comissão Eleitoral.
“Há duas ou três escolas que fecharam porque os juízes encarregados de supervisionar o pleito disseram que havia muita gente e os centros não tinham capacidade para que pudessem votar”, disse Daudi.
O Partido Liberdade e Justiça (PLJ), braço político da Irmandade Muçulmana e grande favorito das eleições, denunciou em sua página no Facebook casos de compra de votos em Alexandria.
Na entrada de um colégio eleitoral, jornalistas da agência de notícias Efe foram testemunhas de um homem de meia idade entregando dinheiro a uma pessoa que acabava de depositar suas cédulas em uma urna. Essa mesma pessoa abordou depois outros eleitores na entrada do colégio.
A Junta Eleitoral egípcia já tinha reconhecido que nas primeiras horas da votação aconteceram irregularidades como a repartição de propaganda eleitoral de alguns partidos na frente de colégios e o atraso na abertura de vários centros de votação.
Este atraso provocou a formação de longas filas e grande lentidão. O presidente da Comissão Eleitoral, Abdelmoaiz Ibrahim, pediu para aqueles que se sintam prejudicados denunciem estas ações.
A Junta Militar que dirige o Egito rejeitou expressamente o envio de observadores internacionais para zelar pelo bom desenvolvimento das eleições, as primeiras do país após a renúncia de Mubarak.
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