O Partido Justiça e Desenvolvimento (PJD) venceu as eleições legislativas no Marrocos, conquistando 107 das 395 cadeiras da Câmara de Representantes. Isso corresponde a 27% das vagas do Parlamento, o que faz com que o partido, ainda que vitorioso, seja obrigado a fazer alianças com outras siglas para obter a maioria absoluta.
O PJD também obteve o maior número de cadeiras da cota de 90 vagas reservadas para mulheres e jovens. Ele agora detém 24 vagas dessa lista, contra 13 do Istiqlal (Partido Nacionalista), 12 do RNI (Reunião Nacional de Independentes) e outras 12 do PAM (Partido Autenticidade e Modernidade).
Não foi divulgada ainda a porcentagem de votos nulos e brancos. Sabe-se, contudo, que apenas 45% dos eleitores inscritos compareceram ao pleito, o que representa apenas 28% dos marroquinos maiores de idade.
Farsa
Cerca de mil manifestantes protestaram hoje (28/11), em Rabat, contra o que chamaram de “eleições falsas”.
O protesto, que transcorreu de forma pacífica e com discreta presença policial, contou com militantes do grupo islâmico Justiça e Caridade, jovens do Movimento 20 Fevereiro e familiares dos prisioneiros salafistas.
Outras manifestações foram realizadas em pelo menos 60 cidades marroquinas, disse à Agência Efe o militante Hassan Benajeh, porta-voz do movimento Justiça e Caridade.
Destacaram-se as de Tânger (um dos redutos dissidentes) e Casablanca, cidades onde os organizadores disseram ter concentrado dezenas de milhares de pessoas, embora nenhuma outra fonte independente tenha confirmado esses números.
Os lemas do protesto faziam referência a “eleições falsas e pré-fabricadas pelo Majzen” (a elite política que cerca a monarquia marroquina).
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