A candidata presidencial mexicana Claudia Sheinbaum, do partido Morena, do atual presidente Andrés Manuel López Obrador, defendeu continuar a redução das desigualdades e governar para os ‘de baixo’, no segundo debate entre os candidatos neste domingo (28/04). As eleições presidenciais no México estão marcadas para o dia 2 de junho.
Além da candidata governista, que concorre pela coalizão Sigamos Fazendo História, participaram Xóchilt Gálvez (Força e Coração pelo México) e Jorge Álvarez Máynez (Movimento Cidadão), ambos de oposição.
Os partidos disputam a Presidência mexicana, além de nove governos estaduais, 128 cargos no Senado, 500 deputados federais, 31 congressos locais, 1.580 câmaras municipais, 16 prefeituras e 24 juntas municipais.
O terceiro e último debate presidencial está marcado para 19 de maio. A campanha eleitoral foi marcada pela gestão do presidente Andrés Manuel López Obrador, que deixará o poder no dia 1º de outubro em meio a altos índices de popularidade.
Sheinbaum destacou que o governo Obrador foi o primeiro a reduzir a pobreza abaixo dos 40% desde 1982, de onde saíram mais de 5 milhões de pessoas. Ao falar sobre o agronegócio, ela apontou que o governo Obrador foi responsável por mudar o investimento, antes concentrado nos grandes produtores, para os pequenos e prometeu continuar essa política. “Antes se apoiava os de cima, agora se apoia os de baixo”, destacou.
Gálvez, por sua vez, disse que o campo estava abandonado e defendeu que é preciso modernizá-lo. Acrescentou que se chegar à Presidência irá combater a “evasão fiscal e roubos nas empresas estatais”.
No debate deste domingo (28/04) se repetiram os ataques entre Sheinbaum e Gálvez, que aconteceram no debate anterior, em 7 de abril. Principal opositor do partido Morena nessas eleições, Gálvez afirma que o principal problema dos mexicanos é a delinquência e acusa o partido Morena de não combatê-la.
Sheimbaun disse que o Morena mudou o modelo econômico do México e destacou que o partido não está comprometido com o neoliberalismo, mas propõe um modelo com melhores salários e aposentadorias, com desenvolvimento, obras públicas e melhor distribuição de renda.