O governo do Canadá anunciou nesta segunda-feira (12/12) que não permitirá que seus novos cidadãos utilizem véus muçulmanos que cubram o rosto durante as cerimônias de naturalização. O ministro de Cidadania do país norte-americano, Jason Kenney, classificou a tradição “extravagante”. “Permitir que um grupo esconda seus rostos no momento em que estão se tornando membros de uma comunidade vai de encontro ao princípio canadense de abertura, igualdade e coesão social”, disse Kenney.
A restrição se deve principalmente para burcas e niqabs, que cobrem o rosto da mulher. As informações são do jornal canadense National Post.
Kenney anunciou que a medida será adotada de forma imediata e que todos os juízes que realizarem cerimônias de naturalização no país receberão ordens para impedir que as mulheres utilizem estes véus.
Wikimedia Commons
Mulher portando um niqab
Em entrevista à rede de televisão estatal CBC, Kenney justificou a decisão alegando que “a prática é muito comum”, e negou que as muçulmanas que utilizam véus integrais o façam por motivos religiosos.
“É uma tradição cultural que reflete uma visão sobre a mulher que não aceitamos no Canadá”, disse Kenney. “Não podemos ter dois tipos de cerimônias de cidadania. A cidadania canadense não se resume apenas ao direito de portar um passaporte e votar”, disse.
Kenney disseque a cada semana,em toda região do país, enfrenta-se uma situação em que uma mulher use um véu. “Francamente, acho bizarro que as pessoas façam o juramento (de naturalização) usando véu”.
O ministro argumentou que, quando as mulheres muçulmanas vão a Meca em sua peregrinação anual, não precisam cobrir o rosto.
No Canadá, mulheres portando véu não são obrigadas a mostrar o rosto em sessões eleitorais. Nos aeroportos, elas podem optar por mostrar sua face somente para agentes de segurança mulheres.
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